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Hackers exploram falha na autenticação de dois fatores da Fortinet há 5 anos

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Strong Security
Reprodução/Strong Security

A Fortinet, multinacional responsável pelo desenvolvimento de softwares e produtos de cibersegurança, é alvo de ataques digitais constantes há 5 anos. Eles afetam o sistema FortiOS e, consequentemente, a ferramenta de autenticação de dois fatores (2FA) e firewalls criados pela empresa.

Identificada inicialmente na VPN FortiGate, a vulnerabilidade abre espaço para que hackers iniciem sessões comprometidas em sistemas não atualizados. Para piorar, os hackers conseguem acessar contas legítimas sem precisar ativar o segundo fator de autenticação do sistema, processo feito pelo aplicativo FortiToken, que é usado para legitimar esses acessos.

Na prática, tudo ocorre de maneira simples, já que os cibercriminosos não precisam de manobras elaboradas para burlar sistemas de segurança da empresa. O “truque” usado por eles é uma simples alteração no nome do usuário, ao colocar a primeira letra maiúscula ao invés de minúscula no login.

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A falha está justamente nas configurações do sistema de autenticação de dois fatores quando o recurso está ativado como “user local”, mas o tipo de autenticação está definido para um método remoto. Além disso, há uma inconsistência entre a diferenciação de letras maiúsculas e minúsculas na hora de fazer a verificação local e remota, o que resulta na vulnerabilidade.

Problema antigo

Não é de hoje que a falha no sistema de autenticação de dois fatores da Fortinet gera problemas para a empresa. Embora a multinacional já tenha lançado várias atualizações ao longo dos anos para tentar resolver o problema, além de aconselhar especialistas a desativarem o fator sensível entre maiúsculas e minúsculas no login, os ataques continuam a trazer dor de cabeça.

Um dos pontos críticos para que a exploração continue tem relação com o LDAP, protocolo de aplicação aberto de software usado no sistema. O que acontece é uma má configuração que possibilita o uso indevido do protocolo e provoca a falha na autenticação.

Para ter uma noção da densidade do problema, lá em abril de 2021, a Fortinet foi alertada por autoridades legais para a possibilidade de hackers usarem o FortiOS para atacar governos, usando principalmente a vulnerabilidade da 2AF. Além disso, casos que envolvem vulnerabilidades de dia zero são frequentes na rotina da multinacional, com explorações constantes no sistema.

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Fonte: Tuga Tech