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Fraude de identidade sintética cresce no meio digital e preocupa especialistas

Por| 04 de Dezembro de 2019 às 15h09

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Fraude de identidade sintética cresce no meio digital e preocupa especialistas
Fraude de identidade sintética cresce no meio digital e preocupa especialistas

A identidade sintética consiste em uma fraude na qual os cibercriminosos geram uma nova identidade utilizando uma combinação de informações verdadeiras e falsas, com o objetivo de abrir contas fraudulentas e fazer compras. Ao longo dos anos, essa prática acabou conquistando os golpistas e passou a ser uma ferramenta muito utilizada. Isso porque a maior parte das vítimas não está preparada para detectá-la.

De acordo com dados da edição deste ano do The Fraud Beat, relatório elaborado pela Cyxtera — especialista voltada a segurança digital — a fraude de identidade tem crescido com muita rapidez, representando atualmente 85% de todos os incidentes do gênero. Ainda segundo esses estudos, houve um aumento de 60% nas ocorrência de identidade sintética nas empresas entre 2017 e 2018, tendência que segue neste ano e que deve continuar forte em 2020. A previsão é que o golpe causará mais de US$ 1,2 bilhão (R$ 4,8 bilhões, aproximadamente) em prejuízos, somente nos Estados Unidos.

“A popularidade da fraude deve-se ao fato de que os criminosos podem facilmente criar identidades falsas com apenas alguns dados verdadeiros da vítima, como nome e número de um documento de identificação”, explica David López, vice-presidente da Cyxtera para América Latina. O The Fraud Beat também aponta que mais de 60% dos incidentes do tipo exploram a identidade de crianças com idade entre 0 e 7 anos. Os dados mostram que 800 mil pessoas falecidas têm suas identidades roubadas a cada ano. “Devido à natureza e à novidade do ataque, é quase impossível medir o escopo completo da fraude de identidade sintética”, afirma López, que completa: “os provedores de gerenciamento de fraudes oferecem soluções para isso, mas o setor como um todo ainda tem ficado para trás”.