Febraban e Ministério da Justiça discutem criação de fórum contra cibercrime
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |
A repressão de crimes eletrônicos e cibernéticos no país vai ganhar um fórum específico: a Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético. A ideia é seguir os moldes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), que tem apresentado bons resultados desde sua criação em 2003.
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Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), iniciaram as tratativas na sexta-feira (10). A ideia é identificar os responsáveis pelos crimes, expandir o conhecimento técnico das forças de segurança e promover a cooperação permanente entre agentes públicos e privados.
Segundo a Febraban, em 2020, bancos e instituições financeiras investiram R$ 2,5 bilhões em cibersegurança. Isso não inibiu os criminosos virtuais: houve um aumento de crimes relacionados ao sistema de pagamentos instantâneos Pix. Sem contar o crescimento de ataques cibernéticos, como ransomware e DDoS.
Capacitação e conscientização
Torres diz que o cibercrime incomoda muito a sociedade em razão dos prejuízos que causa ao cidadão. “A gente precisa ampliar as capacitações e trazer uma mudança de cultura institucional para as polícias de forma a avançar nas investigações, punir e responsabilizar os criminosos.”
As estratégias para isso devem incluir o desenvolvimento de plataformas de compartilhamento de dados de fraudes digitais e o apoio à capacitação das forças de segurança em temas relacionados no laboratório de cibersegurança da Febraban. Além disso, devem ser criadas campanhas de conscientização da população sobre riscos cibernéticos e fraudes.
Sidney destaca que a Febraban está empenhada em combater os crimes digitais, que amedrontam 81% dos brasileiros. “Estamos dispostos a ajudar a prevenir e combater os delitos cibernéticos e as fraudes eletrônicas. No ano passado, evitamos prejuízo da ordem de R$ 4 bilhões aos correntistas. Precisamos unir esforços com as forças policiais, MJSP e Banco Central do Brasil.”