Falsos médicos aplicam golpes na família de pacientes internados
Por Felipe Demartini • Editado por Wallace Moté |
Falsos médicos estão entrando em contato com a família de pacientes internados para aplicar golpes, solicitando altos valores em transferências via Pix. Alegando estarem vinculados a convênios ou seguradoras de saúde, os bandidos alegam que os pagamentos estão relacionados a exames emergenciais, procedimentos ou medicamentos de urgência, que seriam necessários para evitar risco à vida dos doentes.
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O alerta quanto ao golpe de estelionato foi feito pela Seguros Unimed, uma das principais empresas do ramo de saúde brasileiro. Em comunicado enviado aos clientes por e-mail, a empresa aponta para as fraudes dessa categoria, que circulam de tempos em tempos e já atingiram até familiares de pessoas famosas, com os criminosos sempre em busca de ganho financeiro rápido.
Neste caso, o que está em jogo é a saúde e a segurança de entes queridos, que são usados como artifício para gerar urgência quanto ao pedido, normalmente feito através do WhatsApp. Os valores pedidos pelos bandidos são exorbitantes, mas seriam justificados pela necessidade de atendimento urgente ao paciente, com a promessa de reembolso pelo plano de saúde em até 24 horas, no caso do golpe relatado pela Seguros Unimed.
O valor nunca é devolvido e, como a empresa alerta, os responsáveis nem mesmo estão ligados às seguradoras de saúde ou fazem parte do corpo clínico dos hospitais. Falhas de segurança seriam as responsáveis pela obtenção de dados e estado de saúde de pacientes internados e seus familiares, que são contatados de forma direta; em alguns casos, a identidade de médicos que efetivamente trabalham nas unidades de atendimento é usada como forma de dar maior aparência de legitimidade ao golpe.
Como se proteger de golpes com falsos médicos
A Seguros Unimed é taxativa no comunicado a seus clientes. No e-mail, a empresa deixa claro que “não solicita nenhum tipo de adiantamento de pagamentos para execução de exames ou quaisquer procedimento”. A recomendação é que os clientes contatados desta maneira usem o canal de orientação e denúncias do convênio para registrar os casos.
Manter a calma e prestar atenção aos contatos recebidos é ideal em momentos assim, principalmente nos momentos de urgência. O ideal é entrar em contato com hospitais e médicos conhecidos para validar pedidos desse tipo antes de realizar qualquer transferência. Caso o paciente esteja sendo atendido em uma unidade de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), por exemplo, é importante lembrar que os atendimentos são gratuitos.
Enquanto isso, vale a pena entrar em contato com centrais de atendimento de convênios para entender como funcionam os procedimentos de reembolso e pagamento particular de procedimentos. Novamente, a ideia é evitar realizar transferências via Pix para pedidos que cheguem pelo WhatsApp sem antes ter certeza de que o procedimento é legítimo.