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EUA indiciam cibercriminoso que causou US$ 5 mi em prejuízo para financeiras
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (11) o indiciamento de um homem britânico de 30 anos, acusado de gerar perdas de US$ 5 milhões a empresas do setor financeiro. Idris Dayo Mustapha é acusado de realizar ataques contra corretoras e bancos entre 2011 e 2018, gerando operações fraudulentas a partir de contas roubadas e vulnerabilidades em sistemas.
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De acordo com a Justiça americana, o indiciado era o líder de uma organização internacional, voltada à realização de diferentes crimes digitais. Entre as acusações estão a invasão de sistemas, fraude e o roubo de credenciais, por meio de invasões a servidores de e-mail, de olho nas contas de clientes das financeiras e corretoras de ações na bolsa de valores.
De posse das credenciais de e-mail das vítimas, Mustapha invadia perfis em serviços do segmento e acompanhava mensagens e comunicações, a fim de solicitar transferências e aplicar golpes de engenharia social em funcionários das instituições. O dinheiro era pulverizado entre diferentes contas bancárias, como forma de esconder sua origem.
Além disso, o britânico também usava as contas invadidas para vender, comprar e liquidar carteiras de ações, em tentativas de manipular a movimentação do mercado para beneficiar papéis que possuía. Essa, também, era uma forma de burlar sistemas de segurança presente em algumas financeiras, que não permitiam a transferência de cotas ou a realização de operações sem verificações adicionais de identidade.
Os negócios iam tão bem que, de acordo com a investigação do governo dos EUA, o acusado chegou a viajar de Londres, na Inglaterra, até a cidade americana de Nova York apenas para abrir uma conta no Bank of America. Ela, mais tarde, foi usada para receber transferências financeiras fraudulentas e auxiliar nas operações de lavagem de dinheiro.
Após anos de atividades criminosas, Mustapha foi preso no Reino Unido em agosto do ano passado, onde permanece preso. Com o indiciamento, o governo dos EUA busca sua extradição, para que ele possa responder aos crimes de fraude bancária e contra o mercado financeiro, lavagem de dinheiro e roubo de identidade em solo americano, já que a maior parte de suas vítimas são empresas e indivíduos do país.
Caso seja condenado em todas as acusações, o britânico pode enfrentar uma pena de até 22 anos de prisão, além do pagamento de multas e compensações para os fraudados. O processo também fala de outros membros da organização, incluindo um homem que seria de origem lituana, mas não cita suas identidades nem se eles foram localizados pela justiça.
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