Como se proteger contra o roubo de identidade na internet
Por Felipe Demartini • Editado por Claudio Yuge |
As violações de dados e o vazamento de informações pessoais dos cidadãos cresceram 450% em 2021, de acordo com informações da consultoria ForgeRock. No Brasil, segundo o Serasa Experian, uma pessoa é vítima de tentativa de fraude a cada sete segundos. O crime está em todo lugar e, hoje, o roubo de identidade é a categoria mais comum para os bandidos digitais.
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De posse de informações pessoais, por exemplo, eles podem pedir empréstimos ou realizar cadastros. Caso o volume vazado tenha dados de cartão de crédito, as compras fraudulentas são o principal reflexo. E na soma de tudo isso, golpes podem ser realizados na tentativa de invadir sistemas bancários, redes sociais e e-mails em busca de mais ganhos furtados e golpes.
“Os golpistas se passam por instituições, órgãos governamentais ou colaboradores de empresas conhecidas e induzem as vítimas a compartilharem seus dados com técnicas de engenharia social”, explica Afonso Morais, CEO da Morais Advogados Associados e especialista em recuperação de crédito, direito digital e fraudes. Segundo ele, os cidadãos com maior dificuldade em ambientes digitais, principalmente idosos, costumam ser o principal alvo.
A todos, entretanto, a informação acaba sendo a principal arma para combater o problema. Entender as táticas usadas pelos criminosos, como e-mails enganosos, ligações em nome de organizações oficiais e a utilização de sites falsos com cadastros, ajuda a evitar o problema e, acima de tudo, os prejuízos causados pelas fraudes de identidade.
Dicas de como se proteger contra o roubo de identidade na internet
Desconfiar de contatos como ligações, e-mails e mensagens em aplicativos ou redes sociais, por exemplo, é o primeiro passo. O usuário deve prestar atenção nos remetentes e acessar sites oficiais para se certificar de que domínios, perfis e telefones são oficiais; na dúvida, é melhor não responder ao contato.
É importante, também, manter o monitoramento sobre registros financeiros usando o Registrato, gerenciado pelo Banco Central do Brasil e que reúne todas as informações desse tipo atreladas a um CPF. Criar limites de transações financeiras e trabalhar com margens baixas em cartões de crédito também ajuda a evitar fraudes.
Por fim, vale a pena manter o telefone e também os serviços protegidos com senha e autenticação biométrica. As credenciais devem ser complexas e diferentes umas das outras, de forma que o vazamento de uma não acabe por comprometer todos os outros serviços. Para o especialista, controlar o que publica em redes sociais também ajuda a evitar que os bandidos obtenham informações pessoais sobre uma possível vítima, seus familiares e amigos.