Brasileiros sabem que empresas coletam seus dados, mas temem pela sua segurança
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 01 de Julho de 2021 às 23h00
Com a transição para o mundo online acelerada pela pandemia, muitos brasileiros começaram a usar soluções digitais como parte de seu cotidiano. A maioria deles está ciente de que isso implica em ceder dados para empresa, mas não confia muito na capacidade delas de manter seus dados protegidos.
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da MasterCard mostra que 92% dos entrevistados sabem que companhias guardam informações sobre seus hábitos de consumo e lazer. No entanto, em uma escala de 1 a 10, eles avaliam com a nota média 5,1 o grau de confiança que tem sobre a possibilidade de eles permanecerem seguros.
Isso é explicado pelo fato de que 73% dos entrevistados já recebeu algum tipo de ameaça digital, seja por meio do recebimento de mensagens falsas ou do roubo de senhas. O alto grau de desconfiança vem acompanhado da conscientização sobre medidas de segurança: 80% evitam clicar em links suspeitos, enquanto 75% não se conectam em redes Wi-Fi públicas — mas somente 64% evitam compartilhar a mesma senha entre diferentes aplicativos.
Redes sociais são consideradas inseguras
As redes sociais são relatadas como os ambientes menos confiáveis, enquanto escolas, faculdades, hospitais e clínicas de exames médicos são apontados como as instituições mais confiáveis — segundo a pesquisa, somente 13% dos brasileiros acreditam que suas informações estão bastante seguras, enquanto 21% consideram que não são bem protegidas.
Para minimizar a sensação de insegurança do público, é preciso que empresas invistam em soluções de proteção que acompanhem a velocidade com que sistemas de fraudes são criados. Entre os recursos que surgem para o futuro estão novos métodos de biometria, bem como o uso de técnicas de inteligência artificial capazes de detectar desvios de comportamento e proteger sistemas antes que sejam invadidos e tenham dados comprometidos.