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Anistia Internacional lança campanha para banir reconhecimento facial

Por| 27 de Janeiro de 2021 às 23h20

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Reprodução/Alex Knight (Unsplash)
Reprodução/Alex Knight (Unsplash)

O uso de tecnologias de reconhecimento facial por parte das autoridades policiais é tema para discussões há anos, e, nesta semana, foi a vez da Anistia Internacional se pronunciar sobre o assunto. A organização sem fins lucrativos lançou a Ban the Scan, uma campanha global que visa proibir o uso desses sistemas em espaços públicos; as primeiras ações estão sendo organizadas na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com a ONG, tecnologias de reconhecimento facial podem “ampliar o policiamento racialmente discriminatório e ameaçar o direito de protestar”; além disso, a instituição ressalta que, muitas vezes, “a tecnologia é desenvolvida através da captura de milhões de imagens de perfis de mídia social sem permissão” do usuário, o que seria uma clara contravenção contra o direito da privacidade.

“Os nova-iorquinos devem ser capazes de viver suas vidas sem serem rastreados via reconhecimento facial. Outras grandes cidades ao redor dos EUA já baniram o reconhecimento facial e Nova York precisa fazer o mesmo”, afirmou Matt Mahmoudi, pesquisador de inteligência artificial e direitos humanos da Anistia Internacional.

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Como exemplo, a ONG relembra o caso de Derrick Ingram, ativista negro e cofundador da Warriors of the Garden (coletivo que advoga protestos não-violentos). Após rastreá-lo usando tecnologias de identificação facial, o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) invadiu seu apartamento usando um aríete para vasculhá-lo — recusando-se, aliás, a apresentar qualquer mandado de busca e apreensão.

Como ações iniciais para a campanha, a Anistia preparou um hotsite no qual os cidadãos de Nova York podem assinar uma petição para banir a tecnologia na cidade. Ademais, a partir de maio, a ONG usará uma rede de voluntários para criar um mapa colaborativo exibindo a localização de todas as câmeras de reconhecimento facial instaladas ao redor do município, permitindo que protestantes evitem tais áreas.

Fonte: Amnesty International