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71% dos usuários confiam menos em fintechs exploradas em fraudes

Por| 26 de Outubro de 2022 às 16h20

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Pexels/Sora Shimazaki
Pexels/Sora Shimazaki

Usar o nome de empresas em golpes e fraudes não é novidade no cibercrime, mas é uma atividade que vem se tornando cada vez mais comum, principalmente com marcas famosas de fintechs. E, mesmo que as instituições financeiras não tenham nada a ver com as atividades ilegais, os consumidores acabam perdendo um pouco da confiança nesses grupos.

Isso é o que concluiu o relatório intitulado “Fraud vs. Friction: How the need for speed is creating a user onboarding crisis” (“Fraude vs. Fricção: como a necessidade de velocidade está criando uma crise de integração de usuários”, em tradução livre), realizado pela Pi, plataforma de gerenciamento de risco de fraude fundada pela Paytm Labs projetada para atender aplicativos de alto volume para fintechs usando aprendizado de máquina.

O estudo revela que 71% dos consumidores são menos propensos a confiar em um serviço de fintech que foi impactado por fraudes de integração, que são falsas campanhas promocionais com supostos bônus de inscrição. Normalmente, essas atividades ilegais exploram o nome de marcas conhecidas e um certo senso de urgência, em uma “oportunidade única” com recompensas por indicação e descontos de fidelidade que não existem.

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Um dos destaques do levantamento é a informação de que quase metade (47%) dos entrevistados consideram negligentes as fintechs que permitem fraudes promocionais em seus nomes — nesse caso, a lógica nas respostas foi algo como “se eles não cuidam da própria segurança, como vão cuidar da minha?”.

E um fato curioso ligado a isso é que mais de 2/3 (66%) dos entrevistados dizem que escolheriam uma fintech se ela oferecesse um código promocional, em vez de uma que não fizesse o mesmo.

Parte os clientes pode abandonar a fintech após uma fraude

O relatório da Pi também revelou que 32% dos clientes são “muito propensos” a parar de usar um serviço de fintech e fechar suas contas após qualquer incidente de fraude. Outro dado curioso que mostra como é necessário encontrar o equilíbrio entre as medidas de segurança e a integração dos clientes é o mais de 70% afirmando que abandonariam o processo de inscrição se solicitados a passar por mais de três verificações de identidade, apesar de suas preocupações com segurança.

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O estudo cita o PayPal como um exemplo do dano das fraudes promocionais envolvendo grandes marcas. Segundo o levantamento, no primeiro semestre de 2022, a gigante de pagamentos foi uma das principais vítimas de fraude de abertura de conta e integração. Os cibercriminosos aproveitaram a estratégica de aquisição de clientes a partir de incentivos autênticos da empresa para aplicar golpes, que resultaram em mais de 4,5 milhões de contas falsas foram abertas. Isso levou o valor das ações do PayPal a cair 25%, a maior queda em um único dia já registrada pela companhia.

E como solucionar essa questão? A conclusão do relatório afirma que criar barreiras de autenticação talvez não seja a melhor opção. “As fintechs estão expostas a mais riscos do que nunca, mas desacelerar não é uma opção. Adicionar mais atrito ao processo de integração na forma de verificações adicionais pode ser desastroso para as empresas, em um momento em que deveriam buscar o crescimento e melhorar a experiência geral do cliente”, comenta Harinder Takhar, CEO da Paytm Labs.

“O que é necessário é a capacidade de lidar com avaliações de risco em tempo real nas mesmas velocidades vertiginosas que as típicas fintechs modernas exigem. Idealmente, nenhuma fintech deveria ter que comprometer seus objetivos de crescimento no interesse da segurança – e vice-versa.”