300 milhões de registros pessoais já vazaram na dark web em 2025
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

Uma pesquisa organizada pela Proton, empresa de proteção à privacidade na internet, revelou que 300 milhões de registros pessoais na internet foram comprometidos e vazados na dark web, circulando em mercados de crimes cibernéticos para uso fraudulento.
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A Proton detectou que, entre as 300 milhões de credenciais vazadas, 49% delas continham senhas dos usuários. O levantamento foi feito com base em uma ferramenta chamada Data Breach Observatory, criada pela empresa especialmente para identificar vazamentos na dark web.
A exposição de credenciais confidenciais de usuários aponta para uma grave falha de segurança digital, já que a circulação desses dados em grupos criminosos gera complicações para os envolvidos, como ataques cibernéticos e fraudes.
Vazamento dados na dark web
Capturando dados em tempo real diretamente da dark web, a pesquisa da Proton encontrou dados bastante preocupantes diante das fragilidades de segurança digital quando o assunto são senhas na internet.
Entre os exatos 306,1 milhões de registros que foram expostos, 71% vêm de pequenas e médias empresas, sendo que quase a metade (49%) continham senhas dos usuários.
O levantamento ainda aponta que 72% dos registros vazados na dark web possuíam dados sobre números de telefone e endereços, enquanto 34% também tinham informações sobre arquivos da área de saúde e governamental.
Os campeões, porém, são nomes e endereços de e-mail, que aparecem 9 de 10 vezes entre as credenciais vazadas.
Problema frequente
Vazamentos de informações confidenciais em espaços como a dark web são mais comuns do que parecem. Embora seja uma prática extremamente importante e básica para manter a privacidade dos usuários, é frequente que esses dados acabem caindo na mão de cibercriminosos pela vulnerabilidade em sistemas de segurança digital.
Só para citar um exemplo, recentemente, um megavazamento no Gmail expôs 183 milhões de credenciais da plataforma e de outros serviços de e-mail. A exposição foi considerada uma das maiores da história da internet, com cerca de 3,5 terabytes de dados comprometidos.
De acordo com uma análise publicada pela empresa de segurança cibernética Fortinet, o perigo está justamente na combinação entre contas verídicas e credenciais roubadas, o que dificulta o trabalho das empresas na hora de identificar uma possível fraude.
“Essa abordagem permite que os agentes maliciosos se misturem à atividade rotineira das empresas, dificultando significativamente a detecção”, diz a análise.
O estudo ainda ressalta que, em muitos casos, o vazamento de informações acontece com um simples login de uma conta, sem precisar necessariamente de táticas sofisticadas, como ataques de malware, por exemplo.
Como se proteger?
Devido à frequência de ataques cibernéticos envolvendo vazamento de dados sensíveis, é importante saber como se proteger no ambiente virtual.
A primeira missão é verificar se os seus dados não foram expostos devido à vulnerabilidade dos sistemas, mas também é preciso se manter atento para medidas de segurança mais robustas.
O uso de senhas também deve ser feito de maneira consciente. Você provavelmente já deve ter escutado alguém falar sobre como usar senhas repetidas e fáceis (como a sua data de nascimento, por exemplo) pode facilitar a aplicação de golpes. Por isso, uma atenção especial para as senhas que você usa é um passo importante para se manter mais seguro na web.
Autenticação de dois fatores, uma ferramenta bastante comum em sites e aplicativos, também pode ser uma saída para fugir de possíveis fraudes que aparecerem no seu caminho.
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Fonte: Forbes