Saúde investiga 6 mortes por hepatite misteriosa em crianças e jovens
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 27 de Maio de 2022 às 17h04
A hepatite misteriosa vem causando preocupação na comunidade médica, e atualmente o Ministério da Saúde investiga 69 casos suspeitos e seis mortes de crianças e adolescentes. Por enquanto, o maior risco acomete o público de até seis anos de idade, que representam 50% dos casos suspeitos. Bebês de até um ano integram 23,2% das supostas infecções.
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De acordo com um relatório do ministério da Saúde divulgado pelo veículo O Globo, por enquanto a região Sudeste do país parece ser o epicentro da hepatite misteriosa, uma vez que 27 casos suspeitos são de São Paulo, e dez são de Minas Gerais.
O documento diz que “a etiologia dos casos atuais de hepatite aguda permanece desconhecida e sob constante investigação" e reitera que "a OMS segue monitorando a situação de casos semelhantes em parceria com os Estados Membros e recomenda esforços conjuntos para identificar, investigar e comunicar casos potenciais”.
A hepatite misteriosa ganhou esse título porque o público afetado não apresenta resultado positivo para os vírus típicos da hepatite (A, B, C, D ou E), mas ainda assim dispõe de um quadro de hepatite aguda, ou seja: inflamação do fígado. Os sintomas mais comuns foram:
- Dor abdominal
- Diarreia
- Vômito
- Náusea
- Perda de apetite
- Icterícia (pele amarelada)
De acordo com indicações da Associação Europeia para o Estudo do Fígado, a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID) e a Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (ESPGHAN), há 14 mortes oficiais por essa "nova" hepatite misteriosa no mundo: seis delas na Indonésia, cinco nos Estados Unidos, uma na Irlanda, uma no México e uma na Palestina.
A OMS está monitorando de perto a situação e trabalhando com as autoridades de saúde de alguns países para entender melhor essa hepatite misteriosa, e principal teoria em torno da causa desse surto específico é um adenovírus. As medidas comuns de prevenção para adenovírus e outras infecções comuns envolvem lavagem regular das mãos e higiene respiratória.