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Esta mão robótica é a prova de que robôs estão cada vez mais humanos; confira

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Um grupo de cientistas do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu mãos robóticas que são capazes de sentir e identificar objetos frágeis.

Essa é uma nova geração de robôs e utiliza materiais flexíveis e macios em vez dos tradicionais equipamentos rígidos que costumamos ver. De acordo com o site Independent, esse tipo de robô geralmente é inspirado em organismos vivos e oferece uma funcionalidade bem mais versátil.

Até agora essas máquinas não tinham a capacidade de perceber o tipo de item com o qual estão interagindo. Para resolver isso, os pesquisadores equiparam os robôs com sensores, câmeras e melhorias no software que permitem "ver e classificar" uma variedade de objetos, materiais e texturas.

Daniela Rus, professora do MIT e diretora do laboratório, afirma que as mãos dos robôs possuem "pele com sensores que permitem pegar uma variedade de objetos, desde delicados, como batatas cozidas, até pesados, como garrafas de leite."

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Dois experimentos

As pesquisas foram divididas em dois artigos. O primeiro baseia-se numa pesquisa de 2019 do MIT em parceria com a Universidade de Harvard, na qual uma equipe de cientistas desenvolveu uma pinça robótica em formato de cone. Ela colide com os objetos como uma planta carnívora e pega itens com até 100 vezes o seu peso.

Para aproximar o experimento à versatilidade da mão humana, outra equipe adicionou sensores táteis feitos de látex conectados a transdutores de pressão. Esses novos sensores permitiram que a "garra" do robô não apenas consiga segurar os objetos frágeis, mas também entenda o que está tocando.

De acordo com nota divulgada no site oficial do laboratório, os novos sensores identificaram corretamente 10 objetos com mais de 90% de precisão.

Em um segundo artigo, o grupo criou um dedo robótico e o batizou de GelFlex. Ele utiliza câmeras embutidas para permitir o reconhecimento tátil de alta resolução e percepção de posições e movimentos do corpo.

Essa segunda garra é semelhante a uma pinça, porém com materiais macios. Quando testado, o sistema tinha mais de 96% de precisão no reconhecimento de objetos.

Ambos os artigos foram apresentados virtualmente na Conferência Internacional de 2020 de Robótica e Automação, que acontece entre domingo (31) e a próxima quinta-feira (4).

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E aí, será estamos mais próximos de robôs com características cada vez mais humanas?

Fonte: Independent, CSAIL