Publicidade

Robô pode se tornar um aliado importante na doação de sangue

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Maio de 2022 às 21h10

Link copiado!

Reprodução/Swinburne University
Reprodução/Swinburne University

Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, desenvolveram um novo tipo de braço robótico que consegue automatizar o processo de manuseio e dobragem de bolsas plásticas usadas para armazenar sangue doado.

Em hemocentros, o material coletado é separado em componentes celulares por meio de um sistema de centrifugação. Essas bolsas de sangue precisam ser dobradas de maneira correta para garantir que não haja contaminação durante esse processo.

Continua após a publicidade

“Mesmo com funcionários altamente treinados, ainda há riscos de ocorrer algum erro humano, como embalagens danificadas ou rasgadas. Além disso, esses movimentos repetidos centenas de vezes por dia podem causar lesões crônicas a esses trabalhadores”, explica o professor Shanti Krishnan, autor principal do estudo.

Robô dobrador

O ato de dobrar um objeto macio é um desafio a ser superado pelos desenvolvedores de sistemas robóticos. Além de macias, as bolsas de sangue são estruturas deformáveis, com uma variação significativa de forma e geometria, dificultando o trabalho da máquina.

Continua após a publicidade

Para contornar esse problema, a equipe do professor Krishnan desenvolveu um sistema de robótica colaborativa que trabalha em conjunto com sistemas de visão computacional, gabaritos específicos para a atividade de dobrar e atuadores especiais de última geração.

“Para tornar o processo de dobragem mais autônomo, nós o dividimos em etapas menores, criando um tipo de engenharia especializada para proporcionar uma combinação de sistemas semiautomatizados, completamente automatizados ou assistidos”, acrescenta o professor Krishnan.

Além de dobrar

O braço robótico construído pelos pesquisadores também possui um dispositivo de reconhecimento de imagem que pode ser usado durante o processo de inspeção de qualidade, gravação de dados para rastreabilidade, detecção de anomalias, colagem de etiquetas e outras atividades feitas exclusivamente por seres humanos.

Continua após a publicidade

Para transformar o equipamento em uma alternativa viável à mão de obra humana, os cientistas precisam deixar o robô mais rápido. Como o bot ainda é muito mais lento do que um funcionário de carne e osso, o aumento da velocidade é uma condição primordial para o uso de robôs em hemocentros.

“Mais do que lidar com bolsas de sangue, essas descobertas podem ser adaptadas para outros processos semelhantes que envolvam objetos macios e deformáveis, com impacto significativo na alimentação, saúde e agricultura. Basicamente, para qualquer indústria que utilize embalagens em seus produtos”, encerra o professor Shanti Krishnan.

Fonte: Swinburne University of Technology