Harvard desenvolve uma abelha robótica voadora repleta de habilidades

Robobee é o nome da abelha robótica voadora desenvolvida pela Universidade de Harvard, cujo desenvolvimento, na verdade, já leva mais de uma década. Cheia de habilidades, a abelha-robô consegue já pairar no ar e até mesmo voar por um caminho pré-determinado.

Muito pequeno, o robô não consegue carregar baterias, e dependia de um cabo conectado a ele para funcionar. Mas, recentemente, o Robobee conseguiu fazer um primeiro voo sem nenhum cabo, voando por apenas um segundo de maneira autônoma. No ano passado, a equipe adicionou asas adicionais para que o robô consiga aumentar em 38% seu poder de elevação, e agora conta também com um conjunto de células de energia solar que pesam apenas 10 miligramas.

Com as atualizações de hardware, o robô agora pesa 259 miligramas — um clipe de papel comum pesa cerca de quatro vezes mais do que isso. E essa estrutura incrivelmente leve é justamente o que permite ao robô voar simulando os movimentos reais de uma abelha, já que ele não carrega baterias para deixá-lo mais pesado.

O produto, contudo, é apenas um conceito para finalidades de estudo. A pesquisa em andamento mostra como é realmente desafiador recriar as menores, porém complexas, criaturas do reino animal, como as abelhas. Ainda levará mais alguns anos para que o Robobee seja capaz de alçar voos mais longos dentro do laboratório, sem nem começar a considerar ainda soltá-lo no mundo externo, onde a menor brisa poderia ser capaz de desviar o curso de seu voo.

Mas com essas conquistas recentes na atualização de seu hardware, a equipe mostra estar no caminho certo para que, em um futuro não muito distante, vejamos abelhas robóticas voando por aí em um mundo que fica cada vez mais "muito Black Mirror".

Fonte: Harvard