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Cientistas criam material com características vivas e com metabolismo

Por| 06 de Maio de 2019 às 13h25

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Cientistas criam material com características vivas e com metabolismo
Cientistas criam material com características vivas e com metabolismo

Cientistas da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, criaram um material que parece vivo. Como que eles chegaram a essa constatação? O material contém três características essenciais para a vida: metabolismo, capacidade de autocriação e organização.

Os cientistas criaram um biomaterial com DNA, cujo processo ficou conhecido como DASH. A sigla vem de DNA-based Assembly and Synthesis of Hierarchical Materials” ou “montagem e síntese baseadas em DNA de materiais hierárquicos”.

O que os pesquisadores chamam de metabolismo é uma sequência de criação, uso e exclusão de substâncias. Em uma analogia, no nosso corpo, quando respiramos inalamos o oxigênio que será utilizado para produção de ATP no corpo e depois excluímos outras substâncias, como gás carbônico.

No caso do DASH, o organismo foi capaz de pegar o material, sintetizar DNA, assimilar em sua cadeia e depois decompor o que não é mais útil, configurando o metabolismo. Os pesquisadores adicionaram uma solução que catalisa o processo.

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Dentro desse mecanismo, eles também passaram um fluxo com uma solução para retirar todo material não criado pelo sistema. Assim, conseguiram mostrar que todo DNA era agora sintetizado pelo DASH.

Outro ponto que ajudou a dar um ar mais vivo ao produto é que ele tem uma ação similar a de movimento. Isso porque no ciclo de criação na ponta e degradação no final do seu filamento, o material se locomove.

Os pesquisadores ainda acreditam que o sistema está em fase inicial, sendo que eles conseguiram fazer somente dois ciclos acontecerem em sequência. Contudo, a ideia é expandir a longevidade desse organismo.

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Outro passo é fazer com que o material também reaja a estímulos. Isso é, busque uma direção para luz, ou mesmo para elementos que possam funcionar como alimento para seu organismo.

A ideia, segundo os pesquisadores, não é recriar a vida do zero, mas apenas possibilitar a utilização desses organismos por máquinas autônomas com sistemas que se retroalimentam.

A pesquisa completa foi publicada na revista Science Robotics.

Fonte: Science Robotics