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Uber Eats é a boa notícia em mais um trimestre de prejuízos relatados pela Uber

Por| 07 de Agosto de 2020 às 12h20

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Em mais um trimestre de prejuízos, a Uber pelo menos tem uma boa notícia: puxado pela pandemia da Covid-19, os pedidos de refeições e compras a partir do Uber Eats duplicaram entre os meses de maio e julho, que correspondem ao segundo tri de 2020. No entanto, a demanda pelas corridas padrão, carro-chefe da empresa, se recuperou de forma tímida.

A empresa apresentou uma perda ajustada no EBITDA (termo em inglês para os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 837 milhões no segundo trimestre de 2020. Seu prejuízo líquido no período foi de US $ 1,8 bilhão, incluindo taxas relacionadas à demissão de 23% de sua força de trabalho global, em um momento em que seu negócio foi duramente atingido pelo coronavírus, principalmente nos EUA, principal mercado da companhia. Além disso, o número de usuários ativos da plataforma nos 69 países em que ela opera caiu quase pela metade no ano a ano: de 99 para 55 milhões.

A receita do Uber no segundo trimestre deste ano caiu 29% em relação ao ano anterior, registrando US$ 2,24 bilhões. O número, no entanto, supera a expectativa dos analistas, que esperavam um resultado de US$ 2,18 bilhões, de acordo com dados do Refinitiv do IBES.

Como dito anteriormente, o segmento de corridas padrão do Uber permaneceu afetado pela crise do coronavírus, com as receitas dos Estados Unidos e do Canadá, seu maior mercado combinado, caindo US$ 1,25 bilhão. No entanto, essa modalidade foi a única que gerou um lucro EBITDA ajustado, mais precisamento de US$ 50 milhões.

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A boa notícia, mais uma vez, ficou por conta do Uber Eats, cuja receita dobrou para US $ 1,2 bilhão, impulsionada por uma maior demanda por entregas, já que os americanos continuam, em grande parte, dentro de casa. Em julho, a empresa expandiu seu alcance de entregas, anunciando a aquisição da Postmates Inc por US $ 2,65 bilhões para expandir o negócio de fornecimento de bens do dia a dia.

Com os anúncio dos números, as ações da empresa caíram 2,9%, para US $ 33,72, nas negociações após o horário comercial.

Lucros chegarão...em 2021

No comunicado que acompanhou a divulgação dos números, o Uber disse que, apesar desses desafios maiores, está cumprindo seu objetivo de ser uma companhia lucrativa em uma base ajustada antes do final de 2021. Isso ocorrerá graças a rigorosas medidas de corte de custos e um forte balanço patrimonial.

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As corridas compartilhadas, que no passado eram responsáveis ​​por quase dois terços da receita da Uber, aumentaram 5% em relação à baixa de abril, mas as reservas brutas continuaram em queda de 75% em relação ao ano passado.

Dara Khosrowshahi, diretor-executivo da Uber, disse a analistas em uma teleconferência na última quinta-feira (06) que a recuperação da companhia depende da capacidade de diferentes países de conter o vírus. Até o momento, a recuperação é liderada pela Ásia, excluindo a Índia.

Em Hong Kong e Nova Zelândia, a demanda de viagens, às vezes, excedeu os níveis anteriores a COVID-19, enquanto os pedidos de viagem na Alemanha, França e Espanha melhoraram, registrando um declínio de apenas 35% em relação ao ano anterior. "Nossa presença geográfica global continua sendo uma grande vantagem", disse Khosrowshahi.

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O Uber disse ainda que menos motoristas americanos retornam à plataforma em comparação com outros países. A empresa enfrenta vários desafios legais sobre o status de seus motoristas nos Estados Unidos, com Califórnia e Massachusetts processando a empresa por suposta classificação incorreta de motoristas como contratados independentes.

Uber Eats

O Uber Eats, cujas reservas brutas mais que dobraram, reduziu as perdas da companhia como um todo, registrando uma perda de EBITDA ajustado de US $ 232 milhões no segundo trimestre. Nelson Chai, diretor financeiro da empresa prevê que as perdas no terceiro trimestre sejam praticamente as mesmas. Ele também disse aos analistas que o negócio de entrega de alimentos do Uber seria lucrativo na grande maioria dos países em que opera dentro de alguns anos.

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Nos últimos meses, o Uber fechou as operações do Eats em oito mercados menores, incluindo na Europa Oriental e no Oriente Médio. Também reduziu as perdas desta divisão na Índia, ao vender esse segmento a um concorrente local em troca de uma participação na empresa. No entanto, O Uber Eats também está ganhando força nos subúrbios dos EUA, incluindo os bairros da cidade de Nova York, onde o serviço de entrega de alimentos agora é líder de mercado.

Por fim, os executivos da Uber disseram ainda que o corte de custos estava ajudando a melhorar suas margens, além de um melhor planejamento de rotas e mais restaurantes dependendo de seus entregadores.

Fonte: Uber