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Uber continua acumulando perdas enquanto prepara caminho para abrir capital

Por| 18 de Fevereiro de 2019 às 10h28

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A Uber não é uma empresa pública e, por isso, não precisa divulgar resultados financeiros. Mas já há alguns trimestres vem se comportando como tal e, no caminho para a abertura de capital, que deve acontecer ainda neste ano, a companhia exibiu números gigantescos em usuários e perdas, que pavimentam o caminho para o que acredita ser seu primeiro ano operando no azul. Isso, entretanto, vai depender do IPO, já que, por enquanto, não aconteceu.

Ao mesmo tempo em que a Uber comemora os mais de US$ 50 bilhões gastos pelos usuários ao longo de 2018, na divisão entre corridas, pedidos de comida e tantos outros serviços oferecidos por ela, as perdas foram de US$ 1,8 bilhão, abaixo do registrado em 2017. É, ainda assim, uma bela perda, mesmo diante de um faturamento anual de US$ 11 bilhões, 43% acima do total de 2017.

A incerteza dos especialistas se refere a uma mudança no comportamento da Uber, principalmente no que toca investimentos e como lidar com a concorrência. O quarto trimestre de 2018 é um demonstrativo disso, já que, ao mesmo tempo em que apresentou um aumento de 11% na utilização e o recorde para o período, com US$ 14,2 bilhões gastos pelos clientes, esse total representou um aumento de apenas 2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e 24% acima do mesmo período no ano anterior.

Tais resultados foram obtidos mesmo com movimentos importantes realizados em 2018, como a saída de mercados em que vinha perdendo, como Rússia e o sudeste da Ásia, e a venda de operações para rivais. Ao mesmo tempo, aconteceu o aumento da presença em países emergentes, onde ainda tem amplo domínio, e uma queda geral nos preços para lidar com a chegada de outros serviços em seu quintal.

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Controle de gastos parece ser a palavra de ordem da vez, com os especialistas, agora, pedindo mais comprovações de que a Uber opera um modelo de negócios sustentável e saudável, capaz de atrair investimentos. As possibilidades, afinal de contas, são enormes, pois a empresa é avaliada em US$ 70 bilhões e tem expectativa de chegar a um total de US$ 120 bilhões uma vez que as ações começarem a ser vendidas. É muito dinheiro, e os investidores querem saber para onde tudo isso vai.

Os executivos da empresa não negam os resultados trimestrais considerados “erráticos”, mas apontam os aumentos na casa dos dois dígitos, tanto quando se comparam períodos quanto anualmente, como comprovações de que está crescendo e prosperando. A Uber também enalteceu títulos como o fato de ser o maior serviço de entregas de comida fora da Ásia e um 2018 que foi considerado o mais forte de sua história em investimentos, domínio de mercados e, principalmente, utilização por clientes.

Comentando os resultados, o diretor financeiro da Uber, Nelson Chai, disse que a companhia continua se mantendo na liderança e na vanguarda dos mercados em que atua, principalmente no de transportes, seu principal negócio. Ele também citou programas como os de fretes e o aluguel de bicicletas e scooters como bons acessórios às atuações principais da companhia, capazes de gerar dividendos que sustentam os investimentos em todos os serviços.

A expectativa é de que a Uber abra seu capital no segundo trimestre deste ano. A empresa já teria realizado o pedido junto aos órgãos competentes em dezembro, de maneira secreta, e permanece se organizando para começar a vender ações bem em breve. Ela deseja, acima de tudo, começar a fazer isso antes da rival, Lyft, para ter mais um título para chamar de seu: o de primeira empresa de transportes a chegar a abrir seus papéis no mercado. Os tempos de startup gigantesca, como as informações apontam, não podem demorar menos para ficarem para trás.

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Fonte: Reuters, The New York Times