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Tesla alcança mais um trimestre lucrativo consecutivo e revela planos para 2019

Por| 31 de Janeiro de 2019 às 21h20

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Tesla alcança mais um trimestre lucrativo consecutivo e revela planos para 2019
Tesla alcança mais um trimestre lucrativo consecutivo e revela planos para 2019
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O mais recente relatório financeiro trimestral da Tesla foi divulgado nesta semana, informando um lucro de US$ 139 milhões (US$ 0,78 por ação) e vendas melhores do que o esperado pela empresa. O mesmo não pode ser dito do lado dos analistas, porém, cujas expectativas não foram atendidas pelos ganhos calculados no quarto trimestre de 2018.

Os resultados também mostram que as ações caíram e houve uma queda de 1,7% até o momento da divulgação do relatório. Ainda assim, vale ressaltar que a Tesla conseguiu dois trimestres lucrativos seguidos graças às vendas do Model 3, mesmo com tudo indicando o contrário durante o período em questão no ano passado.

Além da expectativa de baixas, houve uma despesa não-monetária de US$ 54 milhões não-atribuíveis a participações de clientes, taxas de importação mais altas sobre componentes da China, uma redução de preço cobrado pelo Model S e Model X também na China, e por fim, a introdução de uma versão de porte médio e preço mais baixo do Model 3.

Um pouco antes, em outubro de 2018, a Tesla havia registrado seu primeiro trimestre de lucro após sete outros consecutivos de perdas. Em toda a sua história, esta foi a terceira vez que a companhia atingiu esse marco. O lucrativo quarto trimestre da Tesla entra também em forte contraste com sua posição financeira em relação ao mesmo período do ano retrasado, quando registrou uma perda de US$ 675 milhões (US$ 1,75 por ação).

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O valor de caixa da montadora também melhorou em US$ 1,45 bilhão, ainda que o pagamento programado tenha sido de US$ 230 milhões em títulos conversíveis no quarto trimestre. Por meio de seu relatório, a Tesla afirmou o seguinte a seus acionistas: “Temos dinheiro suficiente em caixa para liquidar confortavelmente nosso bônus conversível que vencerá em março de 2019”.

Em suma, a receita do quarto trimestre da Tesla foi de US$ 7,2 bilhões, acima dos US$ 6,8 bilhões que atingiu no terceiro trimestre, e o caixa operacional (com exceção das despesas de capital) melhorou para US$ 910 milhões. Caixa e equivalentes aumentaram em US$ 718 milhões, atingindo US$ 3,7 bilhões no final do período, e os volumes de produção do Model 3 em Fremont, Califórnia, devem alcançar uma taxa sustentada de 7.000 unidades por semana até o final de 2019.

Também para este ano, a companhia espera lançar seu primeiro veículo totalmente autônomo, ou assim comentou o CEO da empresa, Elon Musk. No início do ano, a Tesla havia afirmado que 90.700 veículos foram entregues durante o quarto trimestre, um número menor do os analistas esperavam. Ao todo foram 13.500 sedãs Model S, 14.050 SUVs Model X e 63.150 Model 3.

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O futuro da Tesla

A reação dos especialistas do segmento foi de tom medido. Além das conquistas da empresa no quarto trimestre, os analistas também fizeram observações sobre os desafios que estão por vir para a Tesla. Jessica Caldwell, diretora executiva de análise do setor na Edmunds, por exemplo, disse que “as coisas não vão melhorar muito para a Tesla nos Estados Unidos em relação ao final de 2018”.

“Conseguir lucro, abordar de forma criativa os desafios da produção e levar o Model 3 para as massas foram enormes marcos, mas manter esse ímpeto será praticamente impossível. A linha de produtos da Tesla está começando a ficar obsoleta e, agora, graças à eliminação do crédito fiscal federal, comprar um [carro elétrico] nunca foi tão caro”, afirmou Caldwell.

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A analista também acrescenta que, com o problema do crédito tributário federal, a concorrência no mercado pode desfavorecer a Tesla, além de comentar que a montadora se encontra entre uma espécie de “purgatório” atualmente, indecisa entre “ser uma startup” ou uma “montadora dominante” no mercado. Além disso, ela também questiona para onde a companhia pretende partir daqui em diante.

“A Tesla está acostumada a estar sob os holofotes, mas no ano que vem poderemos ver uma Tesla discreta à medida em que a empresa toma pequenos passos para manter as coisas se movendo enquanto planeja o futuro”, alega Caldwell. Caso a Tesla não melhore ou ao menos mantenha o crédito tributário federal, as coisas podem se complicar para a montadora.

Em contrapartida, a Tesla prevê que o volume de unidades de Model 3 pode crescer substancialmente em 2019 por conta das altas taxas de produção em suas instalações em Fremont. Há também planos de construir os veículos em questão em Xangai, na China, até o final do ano, e de reduzir o custo de produção do Model 3s para os chineses.

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A expectativa é que o investimento de capital por unidade para essa fábrica na China seja menos da metade em comparação com os Model 3 produzidos em Fremont. A Tesla também planeja reduzir custos nos Estados Unidos e espera que as despesas operacionais cresçam menos do que 10% em 2019.

Segundo a montadora, as medidas de reestruturação já tomadas neste primeiro trimestre — como as demissões, por exemplo — deverão reduzir os custos em US$ 400 milhões anuais. A Tesla continua, portanto, otimista, afirmando que que conseguirá um pequeno lucro para o período caso consiga manter os custos baixos e lidar com os desafios de logística e entrega na Europa e na China.

Fonte: TechCrunch