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Sony divulga resultados do primeiro trimestre fiscal com PS4 à frente dos lucros

Por| 31 de Julho de 2018 às 16h09

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Reprodução
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PlayStation 4

A Sony divulgou nesta terça-feira (31) os resultados financeiros da companhia, registrando uma receita de US$ 17,9 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2018 — período que foi do início de abril ao final de junho. O lucro foi de quase US$ 1,8 bilhão, e boa parte provém do PlayStation 4: a divisão do console, incluindo jogos e serviço de assinatura, gerou quase US$ 750 milhões, alcançando mais do que o dobro de qualquer outro departamento.

O ato não é exatamente uma surpresa, pois o diretor da divisão do videogame, John Kodera, havia feito um comentário há alguns meses, suspeitando que a Sony estivesse chegando perto de vender o maior número de unidades do PlayStation 4. E, embora o console tenha caído em questão de vendas, isso faz parte do ciclo de vida de qualquer hardware. Além disso, esse declínio não parece ter surtido grandes efeitos sobre a receita.

De abril até junho, foram comercializados 3,2 milhões desses consoles, 100 mil a menos do que os vendidos nesse mesmo período no ano passado. Em questão de jogos, pouco mais de 40 milhões foram comprados, e o número de assinantes da PlayStation Plus está relativamente estável com 33,9 milhões — ainda que abaixo dos 34,2 milhões do final de março deste ano.

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Esta queda nos números de vendas também pode ser compensada com a gama de títulos que são esperados para ainda este ano, como é o caso de Spider-Man, Red Dead Redemption 2, Assassin’s Creed Odyssey, Battlefield V, e mais tarde, no começo de 2019, Resident Evil 2 e Kingdom Hearts III. Isso sem contar os que ainda não receberam previsão de lançamento, tais como Ghost of Tsushima, Death Stranding e The Last of Us Part II.

Para o PlayStation Vita, porém, embora não haja mais planos de desenvolver mídias físicas para os jogos do último portátil, a Sony deve continuar investindo em games digitais e títulos para o mercado mobile, em suma por conta do sucesso de Fate/Grand Order — que, curiosamente, gerou ótimos resultados para a empresa, mas não na divisão de videogames.

Smartphone não é o forte da empresa

A divisão de smartphones da Sony, por outro lado, tem sido o grande elefante na sala, gerando resultados inconstantes nos trimestres mais recentes. Porém, a divisão fez a empresa perder US$ 247 milhões no último ano fiscal anterior. Já no primeiro trimestre de 2018, apresentou alguma melhora, e neste último perdeu quase US$ 97 milhões. A companhia não prevê um cenário muito melhor do que isso, esperando que as vendas desse departamento caiam ainda mais, principalmente na Europa ao longo do ano.

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No cinema, a Sony Pictures também apresentou um pouco de dinheiro perdido neste trimestre: US$ 68 milhões — ainda que estes números sejam menores do que os do ano passado, neste mesmo período. O lucro da divisão no último ano fiscal (encerrado em março de 2018) foi de quase US$ 370 milhões e, desta forma, a empresa não está muito preocupada com os resultados mais recentes.

Enquanto isso, outros departamentos da Sony estão indo bem, com a divisão de música rendendo cerca de US$ 288 milhões em lucros. Já o entretenimento doméstico e de som lucrou US$ 156 milhões, basicamente por conta do aumento nas vendas de televisões e fones de ouvido. As câmeras também registraram fortes resultados, com cerca de US$ 234 milhões; e os semicondutores — módulos de câmera e sensores de imagem de smartphones, por exemplo — alcançaram US$ 261 milhões em lucro.

Num geral, foi um trimestre satisfatório, ainda mais considerando que foi o primeiro do atual ano fiscal da empresa. E ainda há uma grana proveniente da venda de algumas das ações do Spotify, que se tornou uma empresa de capital aberto no início do ano, rendendo US$ 768 milhões (US$ 501 milhões em receita sem contar impostos ou despesas). O novo CEO da Sony, Kenichiro Yoshida, parece estar satisfeito com os resultados, e o plano de três anos em que ele está se concentrando para os negócios de entretenimento e imagem pode estar indo bem, mas resta saber o que será feito quanto ao departamento de smartphones, que continua deficitário e não mostra sinais de recuperação num futuro próximo.

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Fonte: Engadget