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Nuvem e Office puxam aumento de lucro líquido da Microsoft no último trimestre

Por| 23 de Outubro de 2019 às 20h55

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A Microsoft divulgou nesta quarta-feira (23) seus resultados financeiros referentes ao 1º trimestre do ano fiscal de 2020 (ou o 3º de 2019). A empresa apresentou uma receita de US$ 33,1 bilhões, com lucro líquido de US$ 10,7 bilhões. Isso representa aumentos de 14% e 21%,respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita das divisões Surface e Xbox sofreu uma estagnação neste trimestre mas, nas demais divisões, o faturamento se dá de forma mais equânime. As unidades de Produtividade e Processos de Negócios obtiveram receitas de US $ 11,1 bilhões, o que inclui os negócios de Office (Corporativo e Consumidor), LinkedIn e Dynamics. Já a Azzure atingiu US $ 10,8 bilhões, incluindo produtos para servidores, serviços na nuvem e serviços corporativos. Já a receita na área de computação pessoal da Microsoft foi de US $ 11,1 bilhões, incluindo Windows, mecanismo de pesquisa (Bing), Xbox e Surface.

O que chama a atenção é o equilíbrio de receitas entre as três divisões, com cada uma faturando US $ 11 bilhões, o que mostra que a diversificação de negócios fez bem à Microsoft, tornando a empresa mais equilibrada e protegida contra eventuais crises.

Nuvem e Office puxam o faturamento

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De acordo com o documento, a divisão de cloud da empresa - a Azzure - e o pacote Office foram os principais responsáveis pelos ganhos mais sólidos da empresa. O primeiro foi o grande destaque deste trimestre, com produtos de servidor e serviços na nuvem crescendo 30% no ano a ano e a Azzure apresentando um aumento de 59% na receita.

Já a divisão do Office, por sua vez, apresentou um aumento de receita de 26%, sendo que o faturamento do Office 365 cresceu 13% no ano a ano, com a Microsoft tendo uma base de de 200 milhões de assinantes pagos do pacote onine aplicativos para escritório. Isso representa um salto de quase 30% em relação aos 155 milhões de assinantes no ano passado e indica que os usuários corporativos estão cada vez mais optando por esse tipo de ferramenta na nuvem.

Entre os usuários finais, 35,6 milhões de pessoas passam a assinar o Office 365, o que representa um aumento de 9,53% em relação ao ano passado, quando a base de usuários nessa modalidade era de 32,5 milhões. A receita nessa categoria cresceu 5% se comparada ao mesmo período, mas, analisando os números, podemos concluir que a adoção da suíte online em questão é muito mais forte do lado corporativo.

Games e Surface não decolam

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Se no ano passado a receita dos Surfaces teve um bom desempenho, muito graças ao lançamento do Suface Go - modelo de menor custo da série - este ano a Microsoft não lançou ou atualizou nenhum modelo de notebook ou tablet de baixo custo. Com isso, a receita desta divisão caiu 4% o que, segundo a Microsoft, se deu "pelo momento de transição do ciclo de vida do produto".

Já na parte de jogos, a receita despencou em 7%, de modo geral. No entanto, é importante frisar que a Microsoft mudou a forma de relatar a receita desta divisão, divulgando os números de faturamento de separadamente, dividindo-a entre conteúdo e serviços de Xbox. Nesse último, os números permaneceram "relativamente inalterados" em relação ao ano passado, segundo a empresa. Além disso, Satya Naella, CEO da empresa, relatou em teleconferência a investidores que Minecraft "está mais forte do nunca", com receita recorde neste trimestre.

No entanto, de modo geral, a companhia prevê que a receita geral de jogos caia novamente no próximo trimestre, algo em torno de 20%, devido às baixas vendas dos consoles Xbox. A chegada do Project xCloud,sistema de streaming de jogos do Xbox, ainda em estágio inicial, e o início das vendas do joystick Xbox Elite 2 pouco devem contribuir para alterar esse panorama.

Windows

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Com o fim do suporte ao Windows 7 programado para 14 de janeiro do ano que vem, a Microsoft relatou um forte crescimento de licenciamento da atual versão do sistema operacional como resultado. Com isso, a receita do Windows OEM Pro (focado para fabricantes de PCs e notebooks) cresceu 19%, Além disso, o fim do suporte do Windows 7 também vem gerando um maior número de atualizações para o Windows 10.