Com receitas de US$ 2 bi no trimestre, Uber supera expectativas de Wall Street
Por Thaís Augusto | 30 de Maio de 2019 às 19h20
A Uber divulgou nesta quinta-feira (30) seu primeiro relatório financeiro como uma empresa de capital aberto. Depois de um início complicado na bolsa de valores, uma boa notícia para a companhia: os resultados ficaram um pouco acima das expectativas de Wall Street e em linha com a orientação anterior da Uber.
De acordo com os dados, a receita da empresa ficou em US$ 2,76 bilhões no primeiro trimestre deste ano com lucro de US$ -2,26 por ação e perda líquida de US$ 1 bilhão. Já a receita bruta da companhia, que considera o ganho da Uber antes de pagar os motoristas, foi de US$ 14,65 bilhões. Em média, a taxa de captação da Uber – o percentual cobrado pela empresa depois de uma corrida – caiu para 18%. Nos últimos anos, o número havia chegado a até 30%.
No mesmo período, o total de viagens foi de 1,55 bilhão, número dentro das expectativas da Uber e que representa um aumento de 36% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
"No primeiro trimestre, o engajamento em nossa plataforma foi maior do que nunca, com uma média de 17 milhões de viagens por dia e uma taxa anual de reservas de US$ 59 bilhões. Nosso alcance global continua a ser um diferencial importante e mantivemos a liderança da categoria de carona em todas as regiões que atendemos", comentou o CEO da Uber Dara Khosrowshahi em comunicado.
Com a divulgação dos resultados, as ações da Uber caíram 1,3% antes de passarem a operar no vermelho: depois de 25 minutos da notícia, os papéis da companhia foram a 0,7%. No fim do pregão, a Uber havia afundado 0,25% com ações negociadas a US$ 39,80.
"No começo deste mês, demos o importante passo de nos tornar uma empresa pública, e agora estamos focados em executar nossa estratégia para nos tornarmos uma única parada para o transporte e o comércio local", disse Khosrowshahi.
De acordo com o executivo, a Uber Eats continua a ser uma área de negócios em rápido crescimento, fora do serviço central da empresa. "Também continuamos a expandir parcerias de grandes cadeias, inclusive com a Starbucks em sete grandes cidades dos Estados Unidos e cidades piloto internacionais", explicou ele. "Nosso modelo de entrega agregador (com os restaurantes usando seus próprios entregadores) foi lançado em mercados selecionados e foi bem recebido por parceiros de todos os tamanhos".
Fonte: Business Insider