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Snapchat é acusado de copiar obras de artistas para criação de filtros

Por| 17 de Junho de 2016 às 16h40

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Divulgação
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Adicionadas ao Snapchat recentemente, as “Lentes” acabaram se tornando uma das funcionalidades mais queridas pelos usuários, pois permite que eles brinquem com diferentes efeitos e características, tudo a partir da tela do smartphone. O recurso também chamou a atenção de artistas e designers, mas não da mesma maneira; alguns acusam a empresa de copiar seus trabalhos para uso no aplicativo, sem autorização e, claro, sem pagamento.

São diversas as ocasiões em que artistas vieram a público afirmar que o Snapchat havia plagiado seus trabalhos. No início de maio, em um dos casos mais notórios, o fotógrafo russo Alexander Khokhlov afirmou que o Snapchat copiou um de seus trabalhos, publicado na capa da revista Scientific American Mind, ao criar um filtro que dava formas geométricas e coloridas ao rosto dos usuários. Na época, a opção foi removida e a companhia pediu desculpas públicas ao criador.

Isso, entretanto, não impediu que a rede social continuasse sendo acusada de plágio. Os maquiadores Mykie e Argenis Pinal, especializados em trabalhos ultrarrealistas, também publicaram, no Instagram, reclamações públicas sobre supostas cópias de seus trabalhos em novos filtros do Snapchat. Eles seriam os autores de obras como a que traz uma maquiagem multicolorida escorrendo com lágrimas pelo rosto e a que transforma parte do rosto do usuário em uma versão estilizada do Coringa, personagem da DC Comics.

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A maquiadora, inclusive, se tornou uma das mais vocais críticas ao Snapchat, acumulando apoio dos usuários e recebendo contato de outros artistas que afirmam terem sido plagiados. O caso dela não foi igual ao de Pinal, em que o filtro foi retirado do ar uma vez que a denúncia apareceu na internet, e Mykie comenta sobre uma dificuldade de se trabalhar com a companhia, que não responde a solicitações, e, na única vez que fez isso, disse não acreditar que o filtro em questão esteja infringindo direitos autorais.

Ela não entrou na justiça sobre o caso, ainda, mas diz considerar a hipótese. Entretanto, enquanto existem leis claras que defendem, por exemplo, o copyright sobre trabalhos impressos ou publicados na internet, aplicar as mesmas dinâmicas para maquiagens pode ser um tanto complicado. O próprio corpo, não é citado como um “meio” considerado pelas autoridades de direitos autorais, em uma regulamentação que tanto os profissionais deste ramo, como também tatuadores, vem tentando modificar.

Mas não são apenas nos filtros que o Snapchat é acusado de plágio. Lois van Baarle, uma artista gráfica holandesa, diz que pelo menos três de seus desenhos foram transformados em stickers pelo aplicativo, sem créditos, autorização ou pagamento. Ela acredita que os trabalhos foram encontrados por meio de uma busca do Google e, por mais que os adesivos disponíveis no aplicativo não sejam idênticos ao trabalho original, eles têm similaridades suficientes para deixarem bem clara a relação.

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Em resposta, o Snapchat afirmou que todo processo criativo e de criação de trabalhos artísticos envolve a utilização de referências e pesquisas, entretanto, isso não justifica uma suposta “cópia”. A empresa disse ter iniciado um procedimento para revisão de seus designs e disse ser contra toda e qualquer forma de plágio, tomando atitudes internas caso indícios desse tipo de comportamento sejam identificados.

Fonte: The Ringer