Relatório de diversidade Facebook mostra que empresa caminha devagar em inclusão
Por Wagner Wakka | 12 de Julho de 2018 às 17h48
O Facebook apresentou nesta quinta-feira (12) seu quinto relatório sobre diversidade, em que mostra a relação de seus funcionários divididos em etnias e gênero. Este levantamento atual mostra que a empresa ainda engatinha no avanço para se tornar um ambiente mais inclusivo.
O documento traz uma série de relatos de pessoas que trabalham na empresa sobre o ambiente de trabalho e os esforços para que o cenário seja cada vez mais diverso. Entretanto, é lá no final do comunicado que os números mostram a dificuldade em consolidar esta ideia.
Segundo os dados do próprio Facebook, o número de mulheres em cargos de liderança dentro da empresa cresceu apenas 2% em relação ao último ano, sendo que agora elas representam 30% do quadro de líderes da companhia. No âmbito geral, 36,3% dos funcionários do Facebook são mulheres, um crescimento de 1,3% em relação a 2017. Em outras palavras, mulheres nestes cargos são perto de um terço do total.
O relatório ainda mostra que grande parte da participação feminina está na região de vendas e negócios, setor no qual elas são maioria com 57% do total. Contudo, em funções técnicas, há apenas 21,6% de participação feminina.
Já em relação a etnias na empresa, houve também um leve aumento em quatro anos da participação de negros no quadros. Em 2014, eram apenas 2% os que se consideram negros na companhia o que subiu para 4% neste ano. Embora tenha dobrado, o número permanece ainda ínfimo para um período de quase meia década. Nos cargos de liderança, houve avanço de apenas 1% nos quatro anos, sendo que o número se mantém em 3% em relação ao ano passado.
O levantamento também mostra que o número de descendentes hispânicos dentro da empresa cresceu para 5%, de 4% há quatro ano. Caso se considerem os cargos de liderança, os números são piores: houve queda na participação de 4% para 3% em relação a 2014.
Um dado curioso é de que a participação de asiáticos no quadro de funcionários da empresa é grande. De fato, é conhecido que o Vale do Silício importa grande parte da sua mão de obra intelectual da região, sobretudo da Índia. Atualmente, asiáticos representam 41,4% do quadro total de funcionários, sendo que, destes, a maioria (50,3%) trabalha com questões técnicas da empresa. Os líderes que se consideram asiáticos são apenas 21,6%.
Os dados são relativos a junho de 2018.
Fonte: The Verge