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PlayStation se une a campanha de boicote publicitário ao Facebook

Por| 05 de Julho de 2020 às 07h30

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Mais de 300 marcas de variados pesos anunciaram apoio à campanha de boicote publicitário contra o Facebook, organizada por diversos grupos de direitos humanos. A mais recente adição ao movimento vem da Sony, que confirmou ter removido todos os anúncios referentes à marca Playstation e seus jogos da rede social.

“Como apoio à campanha #StopHateForProfit, nós vamos suspender globalmente nossas atividades no Facebook e Instagram, incluindo conteúdos publicitários e orgânicos, até o fim do mês de julho. Caminhamos para trabalhar (e jogar) juntos pelo bem”, disse a empresa em um comunicado enviado ao site GamesIndustry.biz.

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A campanha “#StopHateForProfit” conta com nomes de peso, como o laboratório farmacêutico Pfizer e a rede de cafeteria Starbucks. Outras gigantes, como a Coca-Cola, não afirmaram veementemente a paralisação de suas atividades na rede social, mas confirmaram que estão “revisando” as suas práticas dentro do Facebook e redes adjacentes, em favorecimento ao movimento.

O objetivo é o de forçar o Facebook a criar políticas mais duras em relação à forma como a rede trata o discurso de ódio e desinformação deliberada, algo que os organizadores afirmam beneficiar a empresa monetariamente, já que a maior parte de seu faturamento vem de sua área de relações publicitárias.

Os organizadores pedem uma série de mudanças, de acordo com a sua página oficial: primeiramente, eles querem que seja criada na empresa uma posição C-Level, para que uma pessoa especializada em direitos civis atue na elaboração e revisão de políticas voltadas ao combate à discriminação, ódio e vieses nocivos. Outras exigências são a aceitação de avaliações periódicas de discurso por grupos independentes e o reembolso financeiro de anunciantes cujas publicidades tenham sido exibidas próximas de contextos nocivos pelo algoritmo da rede social.

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Uma recomendação de destaque da organização, porém, é a remoção sumária de grupos públicos e privados que atuem na promoção de conteúdos de supremacia branca, milícias armadas ou digitais, conspirações violentas ou falsas, negacionismo do Holocausto, do aquecimento global ou de vacinas.

No momento, a situação já não é mais sobre quantas empresas se juntam à causa, mas sim se ela terá alguma eficácia. O Facebook teria apenas declarado às companhias que não tira benefício algum de discursos de ódio. Fora isso, o silêncio. Apesar do potencial de dano financeiro e de uma crise de imagem pública, há quem pense que nada terá um impacto muito grande à empresa: a CNN aponta que apenas as 25 maiores anunciantes do Facebook removeram a mídia programática de publicidade da rede social.

Enquanto isso, o Facebook vem tomando algumas ações que parecem sinalizar certa concordância com as demandas do movimento: em junho, a plataforma anunciou que rotularia postagens contendo material verificadamente falso, além de informar usuários caso estes compartilhem conteúdos antigos dentro de um contexto diferente da notícia original. Se isso será suficiente para o #StopHateForProfit, só o tempo vai dizer.

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Fonte: GamesIndustry.biz; Engadget; Wall Street Journal; CNN; Stop Hate for Profit