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Meta pode enfrentar problemas na Europa após encerrar checagem de fatos

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Ricardo Syozi/Canaltech
Ricardo Syozi/Canaltech

Na última semana, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, surpreendeu a todos ao anunciar algumas mudanças na política de moderação de conteúdos. Entre outras novidades, o empresário afirmou que a empresa diminuirá a intervenção em determinados casos e que dará aos usuários o poder de adicionar contextos à publicações — algo parecido com as notas da comunidade, do X (antigo Twitter).

Isso, naturalmente, gerou muita discussão na internet e revolta por parte dos usuários que defendem que a empresa deve manter a moderação de conteúdos em redes como Instagram, Facebook e Threads, a fim de evitar a disseminação de fake news e outras publicações nocivas. 

Agora, a empresa pode enfrentar um pouco mais de resistência no Reino Unido. O Secretário de Ciências, Peter Kyle, declarou ao BBC que o Facebook e o X devem trabalhar no país de acordo com as leis locais, e destacou que o anúncio de Zuckerberg foi “um anúncio americano para usuários americanos”. 

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O anúncio de Kyle ocorreu após vários protestos por parte dos britânicos, em especial de Ian Russell, pai de uma adolescente de 14 anos que se suicidou após assistir conteúdos nocivos na internet. Segundo ele, a legislação do Reino Unido está na contramão da segurança na internet. 

Em nota à BBC, a Meta do Reino Unido declarou que não mudará nenhuma política na moderação de conteúdos sensíveis, como incentivo ao suicídio, automutilação e distúrbios alimentares, e continuará usando seus sistemas automatizados para identificar este tipo de publicação. 

Meta também terá que se esclarecer no Brasil 

Além do Reino Unido, os usuários no Brasil também estão preocupados com a mudança na política de moderações da Meta e a Advocacia Geral da União (ACU) cobrou explicações da empresa sobre o caso. 

Em uma notificação extrajudicial, o órgão pede esclarecimentos sobre as declarações de Zuckerberg, e deu um prazo de 72 horas para a resposta, que acaba nesta segunda-feira (13). 

A AGU cobra, da Meta, explicações sobre como a empresa irá se portar diante de casos como violência de gênero, racismo, homofobia, discursos de ódio e proteção de crianças e adolescentes e outros temas sensíveis.

O Canaltech entrou em contato com a Meta no Brasil, mas a empresa informou que não irá comentar sobre o assunto.

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Fonte: BBC