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Instagram foi visto como uma ameaça ao Facebook, afirma cofundador da rede

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Geraathanasiadis/Wikimedia Commons/CC 4.0
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O cofundador do Instagram Kevin Systrom disse à justiça dos EUA que a rede social era vista como uma ameaça ao crescimento do Facebookmesmo após a aquisição pela empresa de Mark Zuckerberg. Além disso, alegou que a atual Meta dificultou o repasse de recursos para limitar o crescimento da rede de fotos e vídeos.

Systrom foi uma das testemunhas convocadas para o julgamento da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) que avalia uma acusação de monopólio ilegal da Meta e deu seu testemunho nesta terça-feira (22). A investigação avalia práticas antitruste da empersa no mercado após as compras do Instagram e do WhatsApp.

Systrom acusou falta de investimentos 

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Durante um depoimento de cerca de seis horas de duração, Systrom defendeu uma ideia de que o crescimento do Instagram aconteceria mesmo sem o suporte do Facebook no período, segundo o site The Verge. O cofundador da rede alegou que muitos recursos foram limitados para a rede para evitar impacto na base de usuários do Facebook.

O empresário trouxe dados internos de 2018 com detalhes sobre integrações feitas entre as redes sociais, incluindo a opção de postar entre apps. O Instagram notou aumento na audiência, enquanto o Facebook continuou estável — alguns dos recursos teriam sido encerrados por Zuckerberg pouco tempo após a saída de Systrom e do brasileiro Mike Krieger, ambos cofundadores da rede. 

“Nós éramos uma ameaça ao crescimento deles”, comentou Kevin Systrom. “Se o Instagram não crescesse rapidamente, o Facebook não encolheria rapidamente”.

Ele afirmou que o Instagram conseguiu alcançar um bilhão de usuários (metade da base do Facebook) com um número reduzido de funcionários na equipe

Além disso, Zuckerberg teria concentrado mais esforços para vídeos no Facebook após declarar que o formato seria a grande mudança das redes, enquanto o Instagram não teria recebido apoio adicional nesse sentido.

O Facebook Inc (atual Meta) comprou o Instagram por US$ 1 bilhão de dólares em 2012. Kevin Systrom e Mike Krieger, cofundadores da rede, continuaram no alto escalão da empresa até anunciarem suas respectivas saídas em 2018.

O que pode acontecer com a Meta?

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A Meta passa por uma investigação judicial pela FTC para avaliar uma possível prática de monopólio ilegal no mercado com a compra de Instagram e WhatsApp. Caso a acusação seja confirmada pela justiça, a Big Tech poderia ser forçada a vender os respectivos aplicativos.

O processo foi aberto ainda em 2020, mas agora chegou à fase de julgamento, análise de acusação e defesa e audiência de testemunhas. Ainda não há uma previsão de quando uma sentença poderá ser emitida.

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Fonte: The Verge