Facebook vai lutar contra tentativas de comprar ou impedir votos

O Facebook anunciou nesta semana uma nova etapa de seus esforços para conter a desinformação em períodos eleitorais, focada, especificamente, em coibir comportamentos que levem à compra ou impedimento de votos. Mensagens dessa categoria passaram a fazer parte das políticas de conteúdo proibido na rede social, sendo removidas do ar e também podendo se tornar alvo de denúncias pelos usuários.

As mensagens de supressão de votos, como a rede social as chama, são aquelas voltadas para desinformar eleitores sobre locais de votação, horários ou outros atributos que tentem impedir a ida às urnas. Informações falsas sobre os requisitos necessários para votar, como a falsa ideia de que aqueles que compareceram no primeiro turno não precisam votar novamente no segundo, também fazem parte do rol de conteúdos na mira.

Seria o caso, por exemplo, de uma mensagem que circulou na aproximação do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, que falava sobre uma falsa campanha do TSE para evitar conflitos nas zonas eleitorais, dividindo os eleitores por horário de acordo com o candidato escolhido. Em outro caso semelhante, nos Estados Unidos, partidários do Partido Democrata tentaram impedir a ida às urnas dos concorrentes republicanos compartilhando uma mensagem indicando que o voto nos rivais deveria ser feito em uma data diferente.

O Facebook também dá outros exemplos de comportamentos proibidos, como mensagens indicando que seria possível votar pela internet ou por SMS, em tentativas de descobrir a escolha dos usuários, ou a divulgação de informações falsas sobre a contagem dos votos. Quando detectadas, tais publicações serão retiradas do ar, com os usuários também podendo sofrer suspensões ou banimentos na utilização da rede social.

A plataforma também incluiu a categoria de supressão de votos em seu sistema de denúncias, permitindo que os usuários indiquem ao Facebook as publicações que estejam infringindo as regras. No caso de verificações locais, com informações sobre incidentes em zonas eleitorais, as mensagens serão enviadas a parceiros locais de checagem, em um processo que pode gerar certa demora na tomada de atitudes.

Além disso, informações falsas dessa categoria, quando não retiradas do ar, passarão a receber menos destaque no feed de notícias e o mesmo tratamento dispensado às fake news, com indicações de se tratar de conteúdo mentiroso e links para mais contexto ou dados adicionais. As medidas, de acordo com o Facebook, valem para todo o mundo.

Fonte: Facebook