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Estudo aponta que WhatsApp pode ser benéfico para bem estar e relacionamentos

Por| 03 de Julho de 2019 às 21h00

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Duas pesquisadoras do Reino Unido lançaram um estudo nesta última terça-feira (2) que aponta que o WhatsApp pode ter um benefício na vida de usuários, sobretudo em relação a manter contato com pessoas próximas, à diminuição da solidão e ao bem estar como um todo.

O trabalho foi realizado com um questionário com 200 participantes. Eles responderam sobre suas motivações, permanência online, qualidade de relacionamentos, identidade de grupo e ganho psicossocial. As características pontuadas especificamente são que a permanência online mediou a relação entre WhatsApp e competência sociais, além de auto-estima.

Segundo o trabalho, os estudos psicológicos se baseiam em duas hipóteses. A primeira é chamada de hipótese do deslocamento, na qual se levanta a ideia de que a internet afasta as pessoas de relações mais significativas e interações reais, sendo que isso poderia provocar problemas psicológicos como depressão e solidão.

Por outro lado, a hipótese da estimulação defende que a internet ajuda a estreitar e enriquecer relações com pessoas que você já conhece, como amigos e parentes mais distantes, o que pode ter um bom impacto no bem-estar social. É baseado nesta ideia que o estudo busca entender esta relação.

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O trabalho ainda aponta que o conceito de “utilização de internet pode ser muito amplo” de forma que a relação das pessoas depende muito de como elas usam a rede. “Em relação à solidão, especificamente, análises recentes apontam que, quando a internet é usada para reforçar relações já existentes e desenvolver outras novas, isso pode ser útil para reduzir a solidão”, escrevem os pesquisadores. “Contudo, se é simplesmente um escapismo para o mundo social, a solidão pode ser elevada”.

Com base nisso, o estudo buscou focar em relacionamentos, com base em três principais fatores: conflitos, proximidade e apoio gerados em tais relações.

As interações foram analisadas com base em vários fatores como tipo de utilização, tempo de utilização, permanência online, identificação e outros com uma relação entre elas, conforme o diagrama abaixo.

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A pesquisa foi levantada em um questionário apresentado pelo Twitter, sem que houvesse um grupo específico, para além do termo “usuário de WhatsApp”. No fim, os participantes foram majoritariamente femininos (158, com média de idade de 23 anos). O comportamento é de utilização de internet por cerca de 55 minutos por dia, sendo que 33% disse que usa na maioria dos tempo. Em termos de motivação, 76% informou que usa por amigos que também usam o mensageiro, sendo que 72% também disseram que era um caminho útil para comunicação.

Para cada uma das características, os pesquisadores associaram um número para análise. Por exemplo, no questionário para qualidade das relações online, havia 25 perguntas como “Como estas relações são significantes para você em sua vida?”. Os entrevistados poderiam responder em uma escala de 1 a 4, sendo 1 igual a “nada” e 4 a “muito”.

“Isso significa que a permanência online com parceiros no WhatsApp foi um mediador significativo para engajamento, autoestima, bem como para competências sociais,”, conclui o estudo.

Por outro lado, a pesquisa também aponta que os resultados podem ser questionados por conta do espaço amostral, sobretudo com quantidade e mulheres e pela faixa etária, concentrada em jovens.

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“Contudo, isso permite levantar a noção de que a tecnologias comunicacionais como o WhatsApp podem estimular relações existentes e novas oportunidades de comunicação, de forma que isso melhora aspectos positivos no bem estar do usuário”, finaliza o texto.

A pesquisa foi encabeçada por Linda K. Kaye e Sally Quinn, das universidades de Edge Hill e York, respectivamente, ambas no Reino Unido. A pesquisa está disponível na íntegra no site das universidades.

Fonte: OSF