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Erro idiomático leva Facebook a banir fotógrafo por “atirar em cristãos”

Por| 26 de Junho de 2018 às 13h00

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Quartz
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O fotógrafo Nicolas Chinardet foi banido por 24 horas do Facebook por anunciar que estava a caminho de uma igreja de Londres, na Inglaterra, para “atirar em alguns cristãos”. Entretanto, não estamos falando de um discurso de ódio religioso, mas sim da rede social esbarrando em uma barreira idiomática que levou à suspensão do profissional na plataforma.

No linguajar fotográfico, “shoot”, em inglês, significa “tirar fotografias”. A postagem de Chinardet, então, era um comentário sobre o trabalho que ele iria realizar naquele dia, no centro da capital inglesa com um grupo cristão LGBT, para publicação em uma revista ao lado de uma matéria sobre o mês do Orgulho Gay.

A falha fez com que o profissional acreditasse se tratar de um erro de algoritmo, programado para detectar e banir automaticamente todo tipo de discurso de ódio. O fotógrafo, entretanto, critica a falta de possibilidade de apelo, uma vez que a suspensão foi irredutível, e também teme que a situação afete seus negócios.

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Chinardet tem o Facebook como uma das principais plataformas de divulgação de seu trabalho, tanto por meio de seu perfil pessoal quanto por uma página específica. É sabido, entretanto, que usuários bloqueados tendem a entrar em uma “lista negra” para a rede social, sofrendo maior escrutínio quanto a novas situações que possam ir contra os termos de uso da plataforma. Especula-se que isso também envolva um impacto negativo no alcance de publicações, apesar disso não ter confirmação oficial.

Não é a primeira vez, também, que o fotógrafo se vê em problemas com a rede social. No passado, ele disse ter tido sua página completamente tirada do ar quando o Facebook considerou algumas de suas fotos, produzidas em baladas, como conteúdo de “natureza sexual”. Como efeito, o espaço foi completamente tirado do ar, o que resultou na perda de milhares de seguidores, novamente, sem a possibilidade de apelo.

Por sua conta pessoal no Twitter, ainda, o fotógrafo acusou o Facebook de não apenas ser arbitrário, mas também agir de forma a proteger apenas o próprio negócio. Em resposta a um contato, ele cogitou que, se fosse o caso de alguém realmente anunciando que vai atirar em cristãos presentes em uma igreja, a rede social deveria alertar a polícia, algo que não aconteceu, em vez de apenas deletar a postagem e banir o responsável.

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Fonte: Mirror