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Documento mostra como Facebook associa emojis a discurso de ódio

Por| 07 de Junho de 2018 às 15h16

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R1 News
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Você já deve ter percebido que, muitas vezes, usuários destiladores de ódio nas redes sociais utilizam certos emojis para ilustrar seus discursos. É por isso que existe uma série de documentos internos do Facebook, que instrui moderadores da rede social a entender que um emoji pode, na verdade, simbolizar um discurso de ódio de forma irônica. 

O documento traz uma curiosa tabela que apresenta a maior probabilidade de um desenho representar exatamente o contrário do que propõe. O arquivo, segundo o site, se chama Como reagir a Emojis e dá aos funcionários um aparato estatístico que mostra quando um emoji pode mascarar um discurso de ódio.

É importante salientar que a tabela mostra uma possibilidade, e isso não quer dizer que qualquer pessoa que use estes emojis seja automaticamente taxada como perigosa para a plataforma. O documento mesmo ressalta que a tabela deve ser aplicada com “um contexto extra para determinar se o emoji está sendo usado de forma violadora [das políticas do Facebook]”.

Mais do que ser funcional, a divulgação desta tabela mostra também a relação semiótica dos usuários das redes sociais e suas associações de significados com os desenhos.

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A tabela informa o que o emoji pode indicar. Por exemplo, um coração pode mostrar apoio, promoção e exaltação, que podem significar relacionamentos com entidades de ódio. Dessa forma, uma pessoa que acredita em discursos preconceituosos provavelmente vai demonstrar sua afinidade com uma instituição que defende o mesmo. Dessa forma, um coração, que geralmente é uma simbologia de amor, pode se transformar em uma representação de discurso de ódio.

Entretanto, a lista também traz algumas associações, no mínimo, curiosas. Os desenhos de berinjela e pera, por exemplo, são associados com texto sexualizado para a análise do Facebook.

Apesar de tudo, o documento também apresenta que estas relações devem ser tomadas com muito cuidado, sendo que os moderadores devem usar de seus próprios julgamentos para entender se houve ou não violação das políticas.

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Por outro lado, caso um emoji esteja sendo muito usado para um determinado fim, os moderadores precisam relatar o problema para o departamento de políticas do Facebook. A empresa, por exemplo, já retirou do catálogo armas que pareciam muito com as verdadeiras, deixando apenas versões de brinquedo, acreditando que a figura real só estimulava ações violentas.