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Censura de artes com nudez reúne protestantes em frente ao Facebook e Instagram

Por| 04 de Junho de 2019 às 17h12

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O Facebook possui regras sobre a exibição de nudez em sua plataforma, de acordo com o seu código de conduta, mas isso acaba limitando o compartilhamento de trabalhos de artistas que usam a plataforma como um meio de divulgação.

Para protestar contra isso, o artista e fotógrafo Spencer Tunick, de Nova York, criou uma instalação de nudez ao lado do escritório do Facebook e Instagram na cidade, no último domingo (2), contando com a ajuda do movimento contra censura NCAC. No local, dezenas de pessoas tiraram suas roupas e deitaram na rua utilizando cartões e adesivos com mamilos masculinos (que são os únicos que passam pela rede social sem serem censurados) colados sobre os seios das mulheres e tapando as genitálias de todos os envolvidos.

Tunick disse que proibir a nudez é o mesmo que punir os fotógrafos, prejudicando principalmente artistas que concentram seus trabalhos em seus próprios corpos, incluindo gays e transgêneros. "Isso também afeta museus e galerias que têm dificuldade em promover exposições de fotografias com nudez", contou Christopher Finan, diretor executivo da NCAC, em carta aberta ao Facebook.

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"Arte em frente ao escritório do Facebook e Instagram nesta manhã. Estes são adesivos de mamilos masculinos cobrindo femininos e cartões de mamilos masculinos cobrindo as genitálias dos participantes", explicou Tunick em sua conta no Twitter.

A campanha #WeTheNipple, ou "nós somos os mamilos", criada pela NCAC, pede que o Instagram e o Facebook criem uma exceção às restrições de nudez para que a fotografia artística seja permitida na plataforma. São mais de 20 organizações norte-americanas e internacionais que apoiam a causa, entre museus, instituições de arte e outros artistas.

Finan sugere que os usuários tenham a opção de definir filtros em suas publicações, em vez de o Facebook fazer a decisão por todos. Tunick diz que deve haver uma melhor comunicação entre as redes sociais com os artistas, criando ainda um processo de verificação para a proteção contra a censura.

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Em resposta ao protesto, um porta-voz do Facebook disse que a empresa já está em contato com a NCAC. A organização disse estar esperançosa por um progresso em breve.

Fonte: CNET