Censo dos EUA pede ajuda de Facebook, Google e Twitter para combate a fake news
Por Wagner Wakka | 27 de Março de 2019 às 13h54
Assim como o Brasil, os Estados Unidos devem fazer o censo no país. Preocupados com Fake News, os Departamento do Censo do país pediu ajuda para empresas como Google, Facebook e Twitter para que colaborem para evitar desinformação durante o levantamento.
A Reuters disse ter entrado em contato com pessoas próximas da negociação, mas não tem detalhes do pedido. Fontes afirmam que os censores temem que grupos estrangeiros possam confundir imigrantes na participação da contagem. Isso porque tais números são usados para decidir o poder que um distrito terá de voto na próxima eleição.
Os tipos de ações podem ser muitos, entre eles, o posicionamento como um grupo democrático diferente do que efetivamente é além da circulação de informações falsas fazendo com que parte da população também fique com medo de fornecer informações. Uma das campanhas fraudulentas, por exemplo, é dizer que o governo vai usar tais dados para expulsar imigrantes do país (o que é obviamente falso).
Com isso, o Censo de 2020 passa a não ter precisão necessária para aplicação de políticas públicas no país.
O governo teria pedido ajuda por conta de conversas descobertas em fóruns anônimos, tanto nos Estados Unidos quanto fora deles, as quais falam em “minar” a contagem no país. Assim, o Departamento teria buscado tais empresas para tentar antecipar o problema, já criando uma solução um ano antes.
"Esperamos que (o censo) seja um alvo para esse tipo de iniciativa em 2020", disse Ron Jarmin, vice-diretor do Departamento de Censo no ano passado. Até o momento, Google, Facebook e Twitter mostraram compromisso em ajudar o governo, mas não há ainda práticas a serem feitas nos próximos meses.
Procuradas pelo veículo, nem o Departamento, nem as empresas confirmaram as reuniões sobre o assunto.
Fonte: Reuters