As pessoas estão passando cada vez menos tempo no Facebook, aponta pesquisa

Um novo relatório divulgado pela empresa de pesquisa de mercado eMarketer mostra que o volume de engajamento de usuários no Facebook vem diminuindo gradativamente nos últimos anos. Mas calma, essa ainda não é a má notícia: segundo o mesmo relatório, esse ritmo de queda deve perdurar mais tempo, ainda sem previsão de melhora.

A chefe do estudo, Debra Aho Williamson, afirma que essa queda é reflexo das mudanças promovidas pelo Facebook em seu feed de notícias. A rede social fundada por Mark Zuckerberg deixou de priorizar conteúdo publicado por empresas de mídia, reduzindo o chamado clickbait, em um esforço para reduzir o impacto de informações falsas. Mais além, há um sentimento de desapego generalizado pelos usuários da rede — em especial, o público adolescente.

O gráfico abaixo mostra a “evolução” desse desapego ao longo dos anos, para usuários nos EUA. Note que o ápice foi em 2017, quando o pico de engajamento era de 41 segundos. Desde então, ele vem caindo, com a previsão mostrando que os anos de 2020 e 2021 deverão ser os de maior baixa na rede.

Pode parecer pouca coisa, mas “alguns segundos” a menos na rede social pode ter um impacto significativo para ela: o Facebook ainda deve uma boa parte de sua audiência para seus aplicativos principais e site via browser. Se justamente nesse front a atenção do usuário dispersa e ele abandona o acesso, isso pode gerar um efeito negativo para anunciantes, de onde parte a principal renda da empresa.

Entretanto, há uma luz no fim do túnel: o mesmo relatório da eMarketer aponta uma tendência de crescimento por parte do Instagram, proprietário do Facebook, junto com o WhatsApp. Embora a rede social de fotos e filtros e stories não tenha o mesmo volume de audiência do Facebook, ela é uma das favoritas para anunciantes e empresas que compartilham conteúdo com foco maior em imagens.

Fonte: Mashable