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Mídias sociais influenciam pouco em fidelidade para portais de notícias

Por| 13 de Março de 2014 às 20h04

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Mídias sociais influenciam pouco em fidelidade para portais de notícias
Mídias sociais influenciam pouco em fidelidade para portais de notícias

É impensável que, em tempos de Facebook, Twitter e outras mídias sociais, um grande jornal ou portal de notícia esteja ausente dessas redes. Todos as grandes corporações de mídia, com maior ou menor dificuldade, tentam emplacar sua marca nas redes ao mesmo tempo em que tentam se adaptar à nova realidade longe dos impressos. Mas um estudo realizado pelo Pew Research Center mostrou as redes sociais têm bem menos influência nesse sentido.

De acordo com reportagem do Phys.org, o estudo comprovou que as organizações de notícias obtêm leitores mais engajados e fiéis quando atuam “por conta própria”, ou seja, dedicando-se à qualidade das suas publicações e credibilidade das informações. As referências em redes sociais, interação com leitores ou a simples presença nas redes não garantem o mesmo retorno.

Os chamados “visitantes diretos”, que acessam o endereço do site ou portal, sem redirecionamento de publicações em redes sociais, costumam permanecer, em média, por até três vezes mais tempo no site do que os internautas que utilizam máquinas de busca ou links compartilhados no Facebook. “O Facebook e as pesquisas são fundamentais para trazer visualizações, mas os dados sugerem que é difícil construir relacionamentos com esses usuários”, afirma Amy Mitchell, diretora de pesquisa de jornalismo da Pew.

“Para as agências que trabalham com o modelo tradicional, que constroem um público fiel ao pagar por ele, é fundamental que os usuários pensem naquele site como o primeiro lugar em que eles devem retornar”, explica. Além disso, o estudo destaca os desafios que as corporações de mídia precisam superar para fazer uma transição de sucesso do meio impresso para as receitas digitais e continuar sendo lucrativas.

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O estudo também revelou que o engajamento daqueles usuários cuja visita é um retorno de quando vieram do Facebook, por exemplo, é maior do que o daqueles que acessam os sites diretamente. Segundo o estudo, a "referência social" - que indica quando um usuário vindo dessas mídias se torna fiel - é algo muito difícil de obter, principalmente no caso de grandes portais. Vários sites foram analisados e chegou-se a conclusão que a porcentagem de visitantes oriundos do Facebook havia sido muito pequena, algo entre 0,9% a 2,3%. A exceção, ainda que também seja baixa, foi o site BuzzFeed, com tráfego de redes sociais em 11,3%.

O índices de visitantes que vieram a partir de resultados de buscas variou de 1,3% a 4,1%, com outra exceção: o site Examiner.com, que registrou 8,6% do tráfego vindo de mecanismos de busca, como o Google. Os pesquisadores fizeram o estudo a partir dos dados de tráfego de 26 grandes sites de notícias, como CNN, BBC, The New York Times, Huffington Post e outros. Os dados são de abril a junho de 2013.