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Correio do amor: brincadeira antiga ganha espaço no Facebook

Por| 09 de Abril de 2013 às 07h15

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Uma série de novas páginas no Facebook tem facilitado bastante a vida de quem encontrou uma pessoa desconhecida que achou interessante, mas não pegou nenhum contato. Criada na última terça-feira, 26 de março, a Spotted: PUC-Rio é uma das maiores do tipo e já reúne quase 10 mil pessoas em uma espécie de "classificados", onde estudantes da universidade buscam desconhecidos.

Na descrição da página, a função já fica bem clara: “viu alguém interessante na biblioteca da PUC e não teve coragem de puxar assunto? Conheceu alguém legal no pilotis e se esqueceu de perguntar o Face? Mande para a gente o recado ou a situação que tudo entra na página com anonimato”, escrevem os dois criadores, estudantes de comunicação social que preferem não se identificar.

"Estou estudando na Alemanha e vi que existe isso por aqui. Pesquisei e vi que não havia algo similar no Brasil ou mesmo na PUC, daí poderia fazer sucesso. Se por aqui faz, por que não faria aí, certo?", contou uma das idealizadoras da página ao Canaltech.

Nos posts da página, há diversas mensagens buscando pessoas e pedidos de encontro. “Eu não queria ter que fazer uma piadinha de pedreiro, eu só queria saber seu nome. Faço Direito, você também. Sou do diurno, acho que você também. Só que eu te vi pouquíssimas vezes. Você é branquinha, tem olhos claros, usa franja (acho que é recente) e parece a Zooey Deschanel. Você consegue ser linda mesmo às 7h da manhã. Quero muito te conhecer! E fazer direito junto com você”, diz uma mensagem, postada nesta sexta-feira (05).

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Nas estatísticas da página, é possível ver que o principal grupo de usuários se encontra na faixa etária dos 18 aos 24 anos. "Se a paquera está dando certo, eu não sei; não sei se há algum casal formado por causa da página. Mas que ajudou as pessoas a se divertirem, isso com certeza o Spotted fez!", brinca a criadora.

Trazida de fora do Brasil, a ideia se espalhou para outras escolas. Universidades como a UFRJ, UERJ, Unirio e UFF já têm suas próprias páginas “Spotted”, que em inglês significa algo como “avistado”. Mas a ideia também não estacionou no Estado do Rio de Janeiro, já é possível encontrar páginas pipocando por todo o Facebook, grande parte delas com a mesma descrição da Spotted: PUC-RJ, como a Spotted: PUC-SP e Spotted: PUC-RS.

No exterior esse tipo de página também já é bem popular e não apenas entre universidades. Páginas como a “Spotted: On Dublin Bus”, que reúne mais de 40 mil fãs, e Spotted: ZTM, com mais de 20 mil pessoas, são exemplos das cidades de Dublin e Varsóvia para pessoas que encontram alguém em transportes públicos.

Recomende um ex!

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As páginas de romance não são as únicas do tipo a fazerem sucesso na internet nos últimos tempos. Por que esse tipo de serviço cresce tão rápido? "Essa é uma grande questão que a gente conversa todos os dias e não tem respostas. Sei lá, acho que a galera está carente, e agora com todo mundo conectado, as pessoas vão atrás", pondera o publicitário Lucas Ohara, de 21 anos, um dos criadores do tumblr Recomende um Ex. Com pouco menos de três semanas de existência, a página já possui cerca de 3,5 mil seguidores – um número impressionante para páginas no Tumblr – e 521 postagens com usuários anônimos recomendando perfis de ex-namorados e namoradas publicamente.

Segundo Lucas, a ideia surgiu em uma mesa de bar após o expediente quando ele e dois colegas de trabalho, Carla Cortegoso e Caio Andrade, discutiram sobre como seria juntar em um só lugar todas aquelas pessoas legais com quem namoraram, mas por um motivo qualquer terminaram. A página fez tanto sucesso que já foi necessário até contratar uma "estagiária", que na última quarta-feira passou a fazer parte da equipe para ajudar na triagem das mais de 1,2 mil mensagens com sugestões de ex-namorados e namoradas que lotam a caixa de e-mails do site. "A gente achava que ia chover gente descendo a lenha no ex, mas foi o contrário, são muitos e-mails de pessoas falando bem, dizendo que acabou porque mudou de cidade, ou porque ela mesmo errou", explica.