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Você sabia que Venom adora chocolates? Conheça a razão por trás disso

Por| 16 de Maio de 2021 às 11h00

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Sony Pictures
Sony Pictures

A semana passada começou com o primeiro trailer completo de Venom: Tempo de Carnificina, sequência do inesperadamente bem-sucedido filme protagonizado por Tom Hardy. A continuação terá como grande atração a chegada de um dos principais vilões das histórias do Homem-Aranha, o assassino serial Cletus Kasady, também conhecido por Carnificina, interpretado por Woody Harrelson. Depois de conferirem como ficou a criatura, olhares mais atentos notaram no final da prévia uma indicação de uma certa adoração do simbionte por chocolates. E isso está diretamente ligado aos quadrinhos.

Só para lembrar, em um trecho da prévia liberada de Venom: Tempo de Carnificina, Eddie Brock aparece com Venom “a tiracolo” — leia-se, em seu próprio corpo — na loja de conveniência da Sra. Chen. Pela conversa, o anti-herói tem um acordo informal com a dona do estabelecimento: ele estaria trocando a proteção contra bandidos por chocolates. Quando a criatura não vê os doces por ali, ele cogitar comer a própria humana, na falta de seu mimo.

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Para muita gente, a ideia de saciar a fome de Venom com um chocolate pode soar um pouco estranho, contudo, tem tudo a ver com suas raízes nos quadrinhos, inclusive na fase em que ele segue essa postura de Protetor Letal.

A origem e o “reboot” de Venom nas HQs

O simbionte alienígena que revestiu o corpo do Homem-Aranha e lhe deu mais força e uma espécie de “teia” própria apareceu pela primeira vez no primeiro Guerras Secretas, publicado lá fora entre 1984 e 1985. Inicialmente, a criatura foi um alternativa que Peter Parker descobriu em uma máquina no mundo chamado de “Battleworld”, criado pelo ser chamado de Beyonder. Ele precisava de um traje novo, já que o seu estava todo rasgado, e a engenhoca providenciou essa “meleca” escura, que aos poucos tomou conta de toda a pele do herói.

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Aqui vai uma curiosidade da época. Embora hoje seja conhecido como o primeiro grande crossover com todas as franquias de uma grande editora, Guerras Secretas nasceu na Marvel como um projeto para vender brinquedos. Todo mundo sabe que o Brasil costuma publicar os títulos da Casa das Ideias algum tempo depois da impressão original nos Estados Unidos — e, nos anos 1980, essa janela era ainda maior.

Eis que, quando Guerras Secretas foi publicado no Brasil, em 1986, o título mensal Homem-Aranha não estava totalmente sincronizado com a revista do herói nos Estados Unidos. Ainda assim, o material foi publicado, devido à pressão da empresa de brinquedos Gulliver. Segundo relatos de bastidores, a saída da Editora Abril, que na época distribuía os gibis da Marvel por aqui, foi suprimir alguns quadros inteiros e “pintar” o uniforme tradicional em algumas sequências. Mais tarde, a Panini viria a publicar a trama na íntegra, para corrigir essa gafe.

Voltando ao Venom, bem, o simbionte passou por um bom tempo como “roupa” do Homem-Aranha, até que ele descobriu se tratar de um alienígena, que estava corrompendo sua mente. Com a ajuda do Quarteto Fantástico, ele se livrou da ameaça. Contudo, ela “grudou” em um hospedeiro perfeito, o jornalista Eddie Brock, que já nutria ódio por Peter Parker, para se tornar Venom. Sua primeira aparição foi em Amazing Spider-Man #299, de abril de 1988.

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Ao longo dos anos, os simbiontes ganharam mais versões e Venom, depois de ser um vilão recorrente do Homem-Aranha, passou a ser um anti-herói. Seu povo alienígena foi melhor explicado, como criaturas do planeta Klyntar, que têm capacidades metamórficas, a partir de alteração do corpo formado por um material escuro. Seu rei é conhecido como Knull, o “avatar da escuridão”, que, recentemente, protagonizou uma invasão na Terra — obviamente frustrada pelos Vingadores e, claro, por Venom.

O Protetor Letal “chocólatro”

Em Amazing Spider-Man #375, de 1993, Venom mudou um pouco sua postura com relação ao Homem-Aranha e a sociedade, o que provocou também um acordo entre o simbionte e Eddie Brock. Eles concordaram que os inocentes não deveriam mais serem mortos por suas ações e, na sequência, Venom se mudou para São Francisco, onde passou a defender uma comunidade subterrânea de pessoas. Essa fase, que influencia bastante os dois filmes do personagem, deu origem ao seu apelido de Protetor Letal, já que, embora defenda os oprimidos, a criatura é impiedosa com os bandidos.

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Na minissérie Venom: The Hunger, publicada em 1996, Eddie descobriu a razão da fome de Venom por seres humanos. Os simbiontes de Klyntar são obcecados por fenetilamina, uma substância química desenvolvida no cérebro. Como Eddie impediu a criatura de se alimentar de pessoas, ela o abandona, para só então retornar quando ele começa a alimentá-lo com… chocolate. Só que, para saciar o alienígena, ele precisa de uma grande quantidade do doce — o que o coloca em várias complicações ao longo da história.

Na verdade, foi uma jogada da Marvel Comics, pois Venom vinha crescendo em popularidade e se tornou muito querido entre as crianças. Então, fazê-lo enlouquecer com chocolate tornou sua figura, antes sanguinolenta, em algo mais “fofo” e divertido. Assim, o Carnificina é quem se consolidou mesmo como um simbionte na versão de vilão clássico.

Como deve ser isso nas telonas?

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Bem, muita gente sabe da adoração de Venom por cérebros, mas pouca gente realmente sabe dessa fome por chocolate, até porque ele quase nunca foi mencionada nos quadrinhos. Contudo, algumas citações mais recentes confirmam que esse elemento continua no cânone do personagem. E, aparentemente, também nas telonas.

Ainda não está claro se o filme vai se aprofundar na anatomia alienígena do Venom e explicar sua preferência pela fenetilamina, mas explicar que o chocolate pode substituir sua busca por cérebros pode se tornar algo digno de muitos risos na trama. Como já vimos que a produção traz uma pegada cômica, pode ser que isso realmente tenha importância na sequência.

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Venom: Tempo de Carnificina é estrelado por Tom Hardy que também assina o roteiro ao lado de Kelly Marcel; Michelle Williams e Woody Harrelson vão repetir seus papéis enquanto Naomie Harris estreia no universo Marvel. O longa chega aos cinemas em 17 de setembro, distribuído pela Sony Pictures.

*Com informações do CBR.