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Saiba mais sobre o Falcão e sua jornada como Capitão América nas HQs da Marvel

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Nesta semana tivemos a estreia de Falcão e o Soldado Invernal, a segunda série produzida pela Marvel Studios para o Disney+ conectada diretamente aos eventos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Na trama, ambos os heróis precisam lidar com novas ameaças e Sam Wilson (Howard Mackie), especificamente, tenta ser o sucessor de Steve Rogers como Capitão América.

“A capa dizia 'Capitão América e o Falcão', e estávamos nos anos 1970, uma época idealista. E eu era um jovem idealista dos anos 1970. Então pensei: 'Por que o cara negro tem que ser o personagem secundário aqui?' Eu sabia que o foco era no Capitão América, mas também que certamente poderia fazer com o Falcão mais do que havia sido feito”, disse Englehart, em uma entrevista ao Newsarama em 2017.

E como isso aconteceu? Bem, o roteirista deu um jeito de tirar Rogers do manto do Capitão América, em um período em que o herói se desiludiu com as ações do governo dos Estados Unidos. Nessa época, Rogers passou a atuar com o Nômade. Vale notar aqui também que essa fase, juntamente com a de Mark Waid, nos anos 1990, ajudaram a remover do Sentinela da Liberdade aquele “ranço patriótico” que muitos tinham ao ler suas histórias. O Capitão América passou a lutar muito mais pela liberdade do que pelo país — e até mesmo nos filmes você pode notar que ele está, na maior parte do tempo, em conflito com as atitudes e decisões do governo.

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Bem, voltando para o Falcão. "Quando chegamos à história do Nômade, pensei: 'Bem, se não há Capitão América, pelo menos ainda há um Falcão. Então, ao torná-lo um personagem mais forte, eu tinha as ferramentas para mudar o foco para o Falcão, enquanto o Nômade estava fazendo suas coisas. E mesmo que não houvesse Capitão América, ainda havia muitos super-heróis ao redor”, complementou Englehart.

E, embora essa fase setentista tenha aberto portas para que Wilson se tornasse o Capitão América nos anos 2010, Englehart jura que sua intenção não era a de “promover” o Falcão a Sentinela da Liberdade. “Acho que ele foi bem treinado por Steve para assumir essa responsabilidade; queria que ele apenas fosse um parceiro sólido. Mas eu nunca o previ como nada além do Falcão."

O Falcão como Capitão América

Em 2015, a Marvel Comics promoveu mais um de seus “soft reboots”, desta vez com a premissa de aumentar o legado de cada um dos seus principais ícones. Assim, Steve Rogers, Tony Stark, Natasha Romanoff, Bruce Banner, Thor Odinson, Clint Barton, Matt Murdock, Peter Parker e vários outros personagens passaram a ver outras versões de seus alter-egos, preenchidos por perfis mais diversos e representativos. Foi assim que Amadeu Cho se tornou um Hulk, e Miles Morales passou a ser o Homem-Aranha oficial dos Vingadores por um tempo.

Nessa época, o Soro do Supersoldado de Steve Rogers “venceu”; e ele, claro envelheceu. A reviravolta para seu “retorno” como Capitão América posteriormente, após a saga Império Secreto, foi, na verdade, um esquema criado pela Marvel para remover a substância do organismo do herói. Há anos, muitos criticavam o fato de o Capitão América ter se tornado um herói devido à “vantagem pelo uso de drogas” para melhorar seu corpo. Com a conclusão do arco, Rogers teve seu corpo restabelecido pelo Cubo Cósmico senciente, Rubik — o que não apaga o passado, mas deixa a origem com o soro em plano inferior.

Ok, voltando ao Falcão. Quando Rogers estava senil, Wilson então assumiu o manto de Capitão América, como um líder mais voltado às comunidades periféricas e com as questões raciais. Sua versão do Sentinela da Liberdade pode ser considerada mais polêmica e “rebelde”. Desde o início de sua “gestão”, ele passou a usar mais as redes de comunicação e desatou laços com a SHIELD e com o governo estadunidense.

O abandono do manto de Capitão América

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Wilson levantou pontos interessantes em uma discussão maior sobre o cenário dos Estados Unidos na época, que passava a transição do governo Obama para o Trump. A questão sobre imigrantes, por exemplo, tornou-se parte das tramas. E, assim, como na vida real, o personagem começou teve que enfrentar a intolerância e atos terroristas de extremistas.

No final, Wilson mostrou ser um ótimo Capitão América. Mas, as tramas envolvendo o próprio Rogers e os eventos das histórias tiveram consequências pesadas para o lado psicológico de Wilson — ninguém consegue “apanhar” tanto do mundo quanto Rogers, que também transita mais facilmente entre as diferentes esferas de poder e ideais, independente do lado.

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Então, em 2017, Sam Wilson voltou a ser “somente” o Falcão, mas com um grande “upgrade” em sua trajetória. Ele se tornou um personagem com profundidade ainda maior, independente das aventuras de Steve Rogers — mas, claro, sempre leal ao amigo de longa data. E a versão que atualmente preenche as aventuras do personagem no MCU é uma “amálgama” de tudo isso.