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Nova estratégia da DC vem dando certo na competição com os mangás

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DC Comics
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A cobertura da indústria norte-americana de quadrinhos costuma parear Marvel Comics, DC Comics, Image Comics e Dark Horse Comics como grandes concorrentes. Mas, na verdade, todas essas editoras sofreram um duro golpe quando os mangás invadiram os Estados Unidos nos anos 1990. Desde então, a maior competição pelo dinheiro dos adolescentes gira em torno das publicações de super-heróis estadunidenses diante dos dramédias, aventuras e terror orientais.

Como competir em alta rotação de lançamentos com os mangás? Bem, a DC Comics vem provando que a saída é aprender com a própria concorrência. Prova disso é o formato de publicação adotado na fase Dawn of DC, que vem reformulando gradualmente casa propriedade de maior relevância da companhia.

A DC Comics tem feito assim? Os protagonistas de cada cantinho têm atenção especial, com uma equipe criativa bem selecionada para a abordagem de cada relançamento de título-chave; e os personagens relacionados a essa “família” que também possuam algum apelo junto ao público recebem minisséries pontuais.

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Essas minisséries têm oferecido uma maneira de personagens mais obscuros brilharem por conta própria. As que têm feito sucesso, com qualidade de produção acima da média e alta nas vendas, ganham “edições extras” ou até uma possível “segunda temporada”. Isso tem ampliado o interesse pela linha editorial da DC, que, como sabemos, vai muito além de Batman, Superman e Mulher-Maravilha.

Como funciona com os mangás e como a DC vem publicando de forma parecida?

O Japão é o país do mundo que mais consome quadrinhos, e o volume de produção chega a ter uma escala desumana. Uma das razões por essa quantidade imensa de conteúdo, é a pluralidade com que a cultura dos quadrinhos japoneses sempre teve, ao oferecer histórias para todos, inclusive para os pequenos nichos. Mas o principal motivo tem tudo a ver com o modelo de publicação, justamente a que a DC vem aplicando.

A indústria do mangá é implacável com os títulos que não conseguem ganhar força, que são prontamente descontinuados. A DC emprega um conceito semelhante para seus heróis “Série B” e “Série C“, aqueles que até têm certo apelo, mas costumam penar para manter um título mensal.

Um exemplo disso é o que aconteceu recentemente com a linha do Arqueiro Verde, de Joshua Williamson e Sean Izaakse. A HQ originalmente teria apenas seis edições, mas, devido à enorme quantidade de pré-encomendas, ganhou mais seis edições — e, dada à recepção positiva deste primeiro volume da “família Arrow”, é bem provável que a 12ª edição não seja última desse arco.

O herói adolescente Besouro Azul Jaime Reyes também passa por esse “teste de audiência”. Como sua adaptação chega aos cinemas em breve, a DC publicou uma minissérie recente intitulada Blue Beetle: Graduation Day, que apresenta elementos paralelos ao filme.

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Essa é a melhor forma que a DC encontrou nos últimos anos para manter um catálogo mais coeso, coerente e financeiramente viável para o bolso dos consumidores e da própria companhia. Investir tanto a capacidade criativa como o capital nos ícones que dão um retorno mais certeiro, testando a audiência de outras propriedades menores, sem loucuras, tem sido o grande êxito da atual fase Dawn of DC.

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