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Hulk revela mais uma personalidade terrível e insana nos quadrinhos

Por| 18 de Março de 2020 às 10h19

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Quem acompanha o Hulk mais de perto nos quadrinhos sabe que o Gigante Esmeralda da Marvel Comics sofre com uma espécie de “esquizofrenia gama”, com várias personalidades habitando dentro de Bruce Banner. A premiada série mensal Immortal Hulk vem conseguindo reunir vários temas, sempre com uma atmosfera de terror, que lembra um pouco as raízes do personagem — cortesia do escritor Al Ewing e do brasileiro Joe Bennet. Agora, na edição 32, que chegou às bancas gringas na semana passada, os autores revelam um lado ainda mais sinistro do monstrão verde.

Atenção: esta matéria contém spoilers sobre a mais nova edição da revista mensal do Hulk nos Estados Unidos.

Antes de mais nada, vale lembrar um pouco o que aconteceu nesse título até agora. Banner/Hulk descobriram que são imortais e a radiação gama está atrelada à representação do mal em seu estado mais puro, chamado de One Below All — que se contrapõe à outra entidade, a One Above All, que, como o nome indica, é exatamente seu oposto.

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Esse “portal para a maldade” é quem provoca as transformações e as crises de raiva e insanidade nos “portadores gama”, que, por meio da “Síndrome de Hulk” projetam diferentes comportamentos em seus alter-egos. Isso acontece com Banner, com Jennifer Walters (Mulher-Hulk), Amadeus Cho (o jovem Hulk), Leonard Samson e outros integrantes da “família Hulk”.

Segundo Amadeus Cho, que também é cientista e é um garoto extremamente inteligente, seus impulsos cegos de fúria e as vozes que escuta em sua mente estariam diretamente ligados à “Síndrome de Hulk”. E seu maior medo é que isso um dia tome conta por completo de Banner, que é o mais poderoso de todos os Gigantes Esmeraldas.

A nova personalidade terrível de Banner

As melhores histórias do Hulk são aquelas que mostram que, na verdade, é o monstro que se transforma em Banner, e não o contrário — ou seja, que o homem, na verdade, pode ser muito mais cruel que seu animal interior, apenas uma fera com ações instintivas. Isso já foi explorado em outras ocasiões e até apareceu em alguns momentos da interpretação de Mark Ruffalo no Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês).

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Na edição 31 de Immortal Hulk, lançada em fevereiro, um monstro alienígena chamado Xemnu é manipulado pelo vilão Dario Agger, conhecido executivo da corporação maligna Roxxon que se transforma em um minotauro (!). Agger, aliás, estaria sendo cotado para aparecer na série Loki, no Disney+ — não nos perguntem exatamente quais seriam as conexões, mas a ideia, acreditamos, seria ter uma organização sem escrúpulos que polui o meio ambiente, assim como é nos quadrinhos.

Pois bem, Xemnu tem poderes telepáticos muito potentes, capazes de enganar uma grande massa da população e fazê-la acreditar em algo que não existe, por exemplo. E é exatamente isso que ele faz, alterando a percepção da maioria, que passa a acreditar que o extraterrestre é, na verdade, um super-herói e um astro muito popular de séries da TV. Por outro lado, ele exibe o Hulk como “Robert Banner”, um monstro terrorista que normalmente atrapalha os “planos benéficos” de Xemnu.

Vale lembrar aqui que o nome de Bruce Banner completo é, na verdade, Robert Bruce Banner. Isso seria também uma referência a “Bob Banner”, que chegou a ser usado por Stan Lee como alter-ego do Hulk nas primeiras edições do personagem, lá nos anos 60, porque, na verdade, seu criador tinha esquecido que era Bruce. Isso foi corrigido posteriormente, em uma história do Quarteto Fantástico em que o Gigante Esmeralda é chamado oficialmente de Robert Bruce Banner.

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Robert Banner assume sua posição de terrorista

Embora a versão mais selvagem de Hulk tenha compreendido as ações de Xemnu, Banner é suscetível aos poderes telepáticos do alienígena. E a persona Robert Banner acaba conseguindo suprimir o “Hulk Selvagem” em sua mente, deixando-o livre para agir contra a humanidade. E, pior, com o intelecto do cientista e os recursos da base militar Shadow Base, essa nova personalidade se torna uma grande ameaça.

Em uma passagem assustadora, Rick Jones chega a conversar com Robert, que, com uma expressão estranha e um olhar vazio, diz a ele para não chamá-lo de “Bruce”, pois isso seria seu nome do meio. Vale destacar a arte de Joe Bennet, que tem conseguido mostrar bem a transição entre as personalidades do Hulk nessa série até agora.

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Agora fica o temor desse Robert Banner conseguir usar a força do Hulk e seu intelecto, junto com as ações terroristas e todas as armas que tem ao seu dispor, para destruir a humanidade. E quem pode nos salvar? Bem, ao que parece, ele mesmo: o Green Scar, que é a versão do Hulk “conquistador de mundos” do arco Planeta Hulk e que estaria se aliando ao Hulk Selvagem para tentar dominar a mente desse cara maluco, adorável e assustador.

Al Ewing tem conseguido unir tudo o que o Hulk tem de melhor, com histórias de terror, suspense psicológico, horror cósmico, o conflito existencialista em fuga da série dos anos 70 e as batalhas de monstros gigantes — tudo no melhor estilo Marvel Comics. A conclusão dessa história, deve começar na próxima edição, no mês que vem.

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Com informações do CBR.