Homem de Ferro tem um vício feroz em algo pior do que ser pinguço
Por Claudio Yuge |
Uma das maiores qualidades de Stan Lee na hora de criar seus principais personagens foi agregar às personalidades problemas mundanos e comuns em todo o planeta. Nada de kryptonita; aqui o problema do genial Tony Stark é seu apego pelo gole gordo de birita. Embora tenha superado essa questão a ponto de estar mais controlado, há um vício que ele nunca vai conseguir largar — e é algo muito mais perigoso do que ser pinguço.
Atenção para spoilers de The Avengers #19!
A dependência de Stark pelas bebidas alcoólicas é famosa pelo trabalho realizado na trama de Demônio na Garrafa por David Michelinie, Bob Layton e John Romita Jr. é até hoje uma das melhores histórias do Homem de Ferro de todos os tempos. No entanto, a Marvel fez questão de lembrar aos leitores nos últimos anos que o primeiro vício do Homem de Ferro não foi álcool.
Mas o Gladiador Dourado possui um vício original não tão comentado, porém, visível em todas as fases do herói — inclusive no Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). E, agora, esse problema foi lembrado pela trama de The Avengers #19, lançado recentemente.
A história traz as primeiras consequências de o Doutor Estranho ter cedido o posto de Mago Supremo da Terra ao Doutor Destino, em troca da ajuda do vilão na campanha fracassada dos Vingadores contra a invasão de supervampiros em Blood Hunt. Victor von Doom questiona o “heroísmo” do grupo, já que, em sua visão, a equipe falha em unir o mundo na solução de problemas básicos.
Para ilustrar o que pensa, Destino cria uma realidade hipotética de um mundo “perfeito”, sem guerras. Dessa forma, ele prega que os Vingadores e o Homem de Ferro não precisariam usar armas em seu cotidiano.
Homem de Ferro é viciado em guerras
Ao destacar o lugar de cada membro em seu mundo, Destino propõe que o Homem de Ferro se torne "finalmente livre de armas”, o que poderia reparar “tanto o vício dele quanto o do mundo em guerras”.
Para entender melhor o que Destino diz, é preciso lembrar dos vícios do Homem de Ferro. Depois de se recuperar da dependência alcoólica, Stark raramente teve recaídas, a exemplo de recentemente — afinal, essa é uma batalha para a vida toda. Já o mesmo não pode ser dito a respeito de seu fascínio pelas guerras.
Vale lembrar que toda sua formação, desde criança até o início da fase adulta, tem a ver com análises de conflitos, táticas de destruição e estratégias ofensivas para dominar inimigos com armas e veículos da mais alta tecnologia.
Ainda que Stark tenha mudado o foco comercial de suas empresas ao longo dos anos, ele nunca parou de criar mais armas e maneiras de neutralizar inimigos. A guerra é seu habitat natural, e esse é um vício que nunca conseguirá vencer.
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