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Absolute Batman quebra uma regra primordial quase centenária

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DC Comics
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Dos primeiros dias como milionário folgado que saía fumando cachimbo e se intrometendo no trabalho da polícia aos dias de hoje, Bruce Wayne mudou bastante em 84 anos de existência. Tornou-se um herói complexo, cheio de camadas, das mais dramáticas e sombrias às divertidas e emocionantes. Uma das únicas coisas que se mantém intacta, pelo menos o Universo DC tradicional, é a regra “sem armas de fogo”. Mas no novo Universo Absoluto essa diretriz caducou.

Atenção para spoilers de Absolute Batman #1!

Se você está sabendo do Universo Absoluto (ou Absolute Universe) só agora, trata-se de uma continuidade recorrente paralela ao Universo DC tradicional. Esse mundo foi criado a partir da energia maligna de Darkseid, que se sacrificou para criar uma realidade dominada pela corrupção, medo, violência e criminalidade. 

Uma das maiores críticas aos quadrinhos de super-heróis reside na ideia que eles na verdade não querem mudar o mundo para melhor; e sim apenas manter o status quo. Qualquer um que tente alterar as coisas é visto como vilão. Embora esse argumento seja simplista e um tanto ignorante, é algo que incomoda. E o Universo Absoluto inverte as coisas.

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Aqui, são os heróis que nadam contra a maré, rebelam-se contra autoridades, questionam convenções sociais e vivem à margem da sociedade. A atmosfera agressiva e desgastante também altera o comportamento e os métodos dos personagens, e o Batman Absoluto já mostra isso na edição de estreia.

Sem titubear, o Bruce Wayne “tanque” saca uma escopeta e mete bala na cara do Alfred. Calma, a regra “não matar” pelo menos ainda está de pé. Isso já mostra como as versões são mais extremas, assim como o Universo Ultimate da Marvel — as duas linhas vêm para dialogar com uma nova geração de leitores e novatos que querem ler mas acham confuso acompanhar tramas sustentadas por quase 100 anos de cronologia.

Como o Batman usa a arma de fogo?

Em Absolute Batman #1, lançado recentemente, Alfred Pennyworth é um espião assassino de alta escala que é designado para acompanhar a situação caótica em que vive Gotham City, uma cidade ainda mais infernal e dominada por gangues escrotas.

Ao chegar em Gotham City, Alfred avança para um posto secreto com várias armas e munições. Ao deixar o local, percebe que sua moto foi roubada. Ele segue então para o centro da cidade em busca de criminosos da gangue Party Animals, liderada pelo Caveira Negra em uma versão meio alienígena.

Quando ele está prestes a intervir, Batman aparece na cena e sai esfaqueando, dando muito soco na boca e até explodindo uma área inteira com os bandidos em fuga. O ex-mordomo tenta surpreender Bruce, que desarma Alfred e desaparece. O espião fica impressionado e rastreia o Homem-Morcegoruce, que mora no topo de um edifício em construção. 

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Ao chegar no local, Alfred, então, descobre quem roubou sua moto: o outrora bilionário Bruce Wayne, que, no Universo Absolute, precisa trabalhar bastante comer fiambre. Isso leva a um confronto em que o espião aponta uma pistola, só para ser surpreendido com sua própria espingarda automática DC-34 roubada no encontro anterior.

Batman e então mira para o rosto do espião, que diz todo confiante: “Devolve a arma, guri, você não é um assassino”. Eis que Batman nem pensa duas vezes e descarrega a arma na cara do ex-mordomo. E, ainda que uma regra quase centenária tenha sido quebrada, Bruce diz que alterou o impacto do disparo para “não letal”.

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