Review Epson EpiqVision LS-300 | A visão de cinema tem o seu preço

Quando o assunto é projetor, a Epson é referência. O EpiqVision LS-300 chega ao mercado como uma alternativa de luxo para quem deseja ter a imagem e o som de cinema em casa.

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Com resolução Full HD de alta nitidez e versatilidade para a reprodução do conteúdo, o aparelho chama a atenção. Além disso, a presença do sistema Android TV ajuda a ter uma biblioteca vasta de aplicativos úteis no dia a dia, principalmente para o entretenimento.

Mas será que faz sentido pagar R$ 16 mil reais por esse produto? Vale a pena comprar o projetor Epson EpiqVision LS-300? Confira a minha opinião na análise completa!

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Design e construção

O EpiqVision LS-300 é todo em plástico reforçado, retangular, grande e pesado. Em um mercado em que os projetores estão cada vez mais compactos, isso pode ser visto como um ponto negativo. Porém, algo interessante nesse aparelho é que os pés possuem regulagem de altura para facilitar o alinhamento.

No topo está a fonte de luz a laser, cuja vida útil promete ser de até 20 mil horas — pouco mais de 2 anos de uso contínuo —, e o sensor de presença para detectar a parede e outras superfícies planas. Porém, algo que me incomodou bastante foi o som emitido pelo sensor, pois é agudo e estridente. Felizmente, dá para desativar nas configurações do sistema.

O acesso aos botões físicos é feito na lateral do aparelho, onde também existe uma tampa que dá acesso ao regulador do foco. A manivela é precisa, mas o fato de não estar exposta pode tornar o uso um pouco chato. Na frente, está o alto-falante com assinatura Yamaha.

Inicialmente, senti dificuldade para ajustar o projetor por não estar familiarizada com a proposta dele. Afinal, utilizo desde 2011 modelos que exigem distanciamento para dar o tamanho máximo de 120 polegadas, mas esse não é o caso do LS-300.

Ele foi desenvolvido para curtas distâncias, até 40 cm, e isso permite uma imagem maior em um recuo menor em relação à tela de projeção ou a parede. Na prática, isso significa que, mesmo quem mora em espaços menores, conseguirá ter a experiência cinematográfica prometida pela Epson.

Conexões e acessórios

No verso do LS-300, estão todas as conexões físicas essenciais do projetor. Assim, é possível explorar outros tipos de uso do aparelho. São elas:

• 2 portas HDMI e HDMI 2 (ARC)
• 1 USB A
• 1 USB Tipo-B
• 1 Saída óptica

Junto com o projetor, a Epson envia na embalagem do produto os seguintes acessórios:

• Cabo de energia (1,8 m)
• Controle Remoto
• 2 Pilhas AAA
• Manual do usuário

Sistema operacional

O Epson EpiqVision LS-300 tem o Android TV. A interface é fluida, traz diversas opções de aplicativos, principalmente com foco em streaming, mas ainda tem limitações. Por ser uma versão que antecede a reformulação trazida pelo Google TV, senti falta de um pouco mais de organização no layout.

Na tela inicial, existem poucos aplicativos por padrão. Pode ser que isso tenha relação com o espaço interno de superior a 5 GB, do total de 10 GB, usurpado pelo sistema. Porém, talvez, seja para evitar travamentos pela limitação de 2 GB de memória RAM.

Além de todas as opções já esperadas por se tratar de uma versão customizada do software para celular, o dispositivo também possui compatibilidade com o Google Assistente e o Chromecast para o espelhamento de apps diretamente do celular.

Qualidade de imagem

O projetor Epson EpiqVision LS-300 tem resolução Full HD. Porém, essa qualidade de imagem traz alguns diferenciais importantes que ampliam a experiência de uso, como a compatibilidade com a tecnologia HDR.

Dessa maneira, é possível usufruir de um nível maior de realismo nas cores, pois dá para ver o branco sem um aspecto amarelado ou azulado, passando muita fidelidade. Além disso, o produto tem compatibilidade com a reprodução de conteúdos em 4K.

Assim, o nível de nitidez e detalhes obtidos nas imagens de “Vingadores: Ultimato”, por exemplo, é agradável. Porém, por se tratar de um projetor, não espere um preto profundo, assim como vemos em TVs OLED. O brilho de 3.600 lúmens permite que a imagem se mantenha visível, mesmo em ambientes iluminados.

O som da Yamaha é realmente bom no LS-300

Assim como o EpiqVision EF-12, o LS-300 tem alto-falantes que são fruto da parceria entre a empresa e a Yamaha. No geral, o som é bem agradável para ambientes com a acústica já tratada, como é o caso de salas de cinema residenciais.

O som consegue se propagar por todo o ambiente e dá uma imersividade semelhante à sentida no cinema. O volume é alto, mas não impede de manter uma conversa para comentar algo aleatório sobre uma cena do filme.

Para os efeitos em batalhas, os impactos são passados da maneira esperada. Porém, para assistir a concertos, é melhor abaixar as expectativas. Os graves são bons, mas os subgraves ficam limitados pelo espaço que o corpo do projetor proporciona.

No geral, achei os médios exagerados em diversos contextos musicais, e isso inibiu bastante a presença dos agudos. Baseado nisso, percebo que o propósito do projetor é ver filmes, e não agradar audiófilos e usuários que exigem mais do que o necessário do áudio.

Concorrentes diretos

Uma opção que compete como o EpiqVision LS-300 é o LG CineBeam HU70LA. Esse projetor não realiza emissão de luz a laser, mas tem resolução 4K consegue entregar até 140 polegadas de visão do conteúdo. Porém, para isso, é necessário realizar um distanciamento em metros.

Porém, o recurso de HDR10 embutido nele permite que a imagem seja ajustada para dar maior fidelidade, mesmo que o fundo de projeção não seja totalmente branco. A tecnologia foi disponibilizada para compensar isso.

Em relação ao preço, vemos uma enorme diferença, pois o LG CineBeam é comercializado por R$ 8 mil, que é exatamente metade do valor cobrado pela Epson no LS-300.

Vale a pena comprar o Epson EpiqVision LS-300 por R$ 16 mil?

Antes de mais nada, é preciso ter consciência de que esse projetor não foi desenvolvido para o mercado de entrada. Pelo contrário, o foco dele é ser um artigo de luxo, e é ideal para quem tem dinheiro e deseja fazer uma sala de cinema em casa.

Não é por acaso que o produto custa mais de R$ 16 mil. Para quem está acostumado a ver smart TVs gigantes, talvez considere comprar uma LG OLED C1 de 77 polegadas, por exemplo. Todavia, quem adquire um projetor, tem outro propósito para ele.

O interesse maior é usufruir de uma tela maior reproduzida sobre uma superfície plana. E, para esse objetivo, o LS-300 é o melhor que eu já testei. A resolução 4K é muito competente, o nível de nitidez e contraste surpreendem até quem está acostumado com televisão.

Por diversas vezes, a imersão de imagem e som foi tão alta que esqueci que era um projetor. Porém, ao ligar as luzes, caía na real. Sendo assim, quem puder pagar por esse produto da Epson, estará efetuando uma ótima compra.

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