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Tirar foto sem saber como vai ficar? Relembre as primeiras câmeras digitais

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Victor Lenze/Canaltech
Victor Lenze/Canaltech

As primeiras câmeras digitais transformaram por completo como registramos momentos décadas antes das câmeras modernas que conhecemos. Esses dispositivos pioneiros permitiram que fotógrafos captassem imagens sem filme, eliminando a dependência de laboratórios e revelação química.

Contudo, na época, entre os anos 80 e inícios dos 90, a maioria dos modelos não possuía tela de visualização, então capturar uma imagem demandava intuição, múltiplas tentativas e aceitação de resultados imprevisíveis.

Câmeras digitais não permitiam ver pré-visualização

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Os primeiros equipamentos digitais funcionavam como verdadeiras apostas fotográficas, onde cada disparo era um ato de fé. Na época, fotografar sem saber o resultado tornou-se uma experiência única e desafiadora.

Contudo, a ausência de visores LCD era estratégia para reduzir custos e reduzir o consumo de bateria.

Assim, a experiência de fotografar nessas condições era da seguinte forma:

  • Apontar e torcer: Sem visor LCD, era preciso direcionar a câmera intuitivamente e esperar pelo melhor resultado
  • Múltiplas tentativas: Fotógrafos faziam vários disparos da mesma cena para aumentar chances de sucesso
  • Verificação posterior: O resultado só era descoberto após transferir as imagens para o computador

Ou seja, fotografar tornou-se um exercício de paciência e técnica, muito diferente da instantaneidade atual.

Como as primeiras câmeras digitais funcionavam?

A tecnologia dos equipamentos pioneiros baseava-se em componentes caros e processamento rudimentar. Cada elemento era projetado para viabilizar a captura digital com recursos extremamente limitados.

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O processo de conversão analógico-digital representava verdadeiro milagre tecnológico, pois a transformação da luz em dados digitais utilizava sensores CCD complexos e processadores lentos.

Os sensores CCD (Dispositivo de Carga Acoplada) continham pouquíssimos pixels, geralmente menos de 0,3 megapixels. Para efeito de comparação, os smartphones básicos atuais superam facilmente os 12 megapixels.

A resolução extremamente baixa resultava em imagens granuladas com pixels visíveis a olho nu. Detalhes finos eram luxo inexistente nessa era inicial.

O armazenamento utilizava cartões de memória caríssimos com capacidade extremamente baixa para os padrões atuais, como 2MB ou 4MB, que guardavam apenas algumas dezenas de fotos.

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Também vale mencionar que os algoritmos de compressão básicos, como JPEG, precisavam se sobressair para equilibrar qualidade e tamanho dos arquivos.

Dispositivos mudaram o rumo da fotografia

As primeiras câmeras digitais introduziram o conceito de experimentação fotográfica sem custos por disparo. Pela primeira vez, fotógrafos podiam tentar múltiplas composições sem gastar filme.

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Apesar de não ter uma pré-visualização, o formato digital eliminou dependência de laboratórios e revelação química. Não havia mais espera por resultados ou custos adicionais para ver as imagens.

Além disso, a transferência para computadores antecipou o compartilhamento digital atual. Mesmo com cabos lentos e software complicado.

A democratização gradual da fotografia influenciou comportamentos que persistem até hoje, como a captura cotidiana, inclusive nos smartphones, em que podemos ver o resultado logo após tirar a foto.

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