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Novas tecnologias nos aeroportos dos EUA enxergam laptops dentro da bagagem

Por| 02 de Abril de 2019 às 21h30

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Uma notícia interessante para o público estadunidense pode ter algum impacto aqui no Brasil: segundo informações divulgadas pela agência Bloomberg, a Administração para Segurança dos Transportes (TSA, na sigla americana) dos EUA assinou o contrato para aquisição de uma nova tecnologia, que permitirá a itens de bagagens não despachadas, como recipientes líquidos e laptops, não precisarem mais ser retirados das mochilas e contêineres.

Apelidada de “tomografia computadorizada”, a tecnologia é capaz de mapear e criar, na tela, modelos em 3D dos itens contidos dentro de uma bolsa, auxiliando o fiscal a identificar a sua natureza, sem a necessidade de pedir que o passageiro abra a bagagem e remova os itens em questão. A Bloomberg indica que a tecnologia vinha sendo testada em alguns aeroportos desde 2017, mas apenas na última quinta-feira (28) é que o contrato foi assinado.

Pelo valor aproximado de US$ 97 milhões, a TSA vai comprar 300 das máquinas novas, implementando-as em aeroportos por todo o território do país em 2019, mas a lista de quais aeroportos as receberão ainda não foi divulgada.

Tá, mas e o Brasil com isso?

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Aqui é que as coisas ficam interessantes, para melhor ou para pior: dado o valor que a cultura americana dá para a segurança internacional após os atentados de 11 de setembro de 2001, é seguro especular que os grandes aeroportos, responsáveis pela recepção de voos internacionais, receberão os novos equipamentos.

Segundo o Statista, o número de turistas brasileiros que viajaram para os EUA em 2018 foi de 1,65 milhão. Até 2022, a expectativa é que o número seja de 1,84 milhão. Ainda que um volume menor do que o recorde registrado em 2014 (2,26 milhões), é um número considerável de pessoas entrando no país.

Com o gosto que nós temos por comprar, lá, itens a preços menores que os praticados aqui, os novos equipamentos podem muito bem mudar o paradigma do comércio exterior: enquanto roupas e livros possuem isenções fiscais e não passam pelo crivo da TSA ou da Polícia Federal, digamos que o Playstation 4 novinho na sua mochila pode ser visto com maior facilidade pelas autoridades.

Em todo caso, a medida de compra dos novos equipamentos tem intenções de segurança nacional: componentes eletrônicos tendem a causar suspeitas nos agentes da TSA — terroristas e tal —, mas será interessante ver como isso vai impactar a vida do turista comum.

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Fonte: BloombergStatista