Arma futurista da posse de Lula não atira balas e serve para interceptar drones
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |
A imagem de um agente da Polícia Federal segurando uma arma peculiar de visual futurista viralizou no último fim de semana, durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de seu grande tamanho e formato diferente, o dispositivo não é capaz de atirar balas (como são popularmente chamados os projéteis tradicionais), pois é voltado para interceptação de drones.
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Trata-se do modelo DroneGun Tactical, fabricado pela marca australiana DroneShield. De acordo com informações da empresa, a arma oferece “respostas seguras contra uma ampla variedade de UAS (Sistema de Aeronaves não Tripuladas, da sigla em inglês), sem danos ao ambiente em volta”.
Seu uso é voltado para operações especiais, e no Brasil é restrito às forças de segurança. Além disso, os agentes precisam passar por diversos treinamentos antes de portar a arma em eventos como a posse presidencial.
Como funciona a arma da posse
O acionamento da arma traz alguns aspectos tradicionais: basta apontar na direção desejada e pressionar o gatilho. Por conta de seu formato, o manuseio do dispositivo precisa ser realizado com as duas mãos.
A partir de então, a DroneGun Tactical emite uma série de sinais de radiofrequência, que cortarão a comunicação com a pessoa que opera o drone à distância. Desta forma, a aeronave passa a ser comandada pelo agente de segurança, e ainda é possível identificar de onde está sendo realizado o controle.
Para isso, a arma tem antenas direcionais de alta performance, e um painel de controle serve para selecionar a frequência que deve ser interceptada. Mesmo com grandes dimensões, seu peso é relativamente leve, com 7 kg.
Caso necessário, é possível ainda fazer a interceptação de múltiplas bandas de frequência ao mesmo tempo, em áreas amplas e com diferentes condições de ambiente.
Durante a posse, a arma foi utilizada para interceptar um drone não identificado. Ele foi redirecionado a um local seguro em questão de minutos.
Apesar da repercussão recente, a DroneGun Tactical já está homologada no Brasil há pouco mais de um ano. Desde então, ela já foi utilizada para evitar a presença de drones em presídios, onde as aeronaves seriam utilizadas para transportar celulares e drogas.
Fonte: UOL, DroneShield