Aprenda a escolher um cartão de memória para celular ou câmera em 3 passos
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

Cartões SD podem ser convenientes de muitas formas, especialmente para aqueles que desejam garantir um bom armazenamento extra em smartphones, câmeras ou consoles portáteis. Existem muitos modelos diferentes disponíveis no mercado e, na maioria das vezes, os compradores se atentam apenas à quantidade de GBs que o produto dispõe.
Contudo, existem diversos outros detalhes e nomenclaturas que podem soar bastante confusos. Muitas pessoas optam por ignorá-los, mas é importante entender ao menos o mínimo que eles representam. Além de definir a qualidade geral do produto, essas informações também podem orientar melhor a compra e responder se aquela opção realmente atende às expectativas.
A seguir, entenda melhor como distinguir essas características de uma forma simples e objetiva:
Categoria
A informação mais básica que deve ser conferida antes de se comprar um cartão SD está na sigla transcrita na embalagem do produto e no próprio cartão. Essa combinação de letras funciona como uma espécie de identidade para os cartões, indicando quais são suas capacidades e tecnologias utilizadas.
Ao todo, existem quatro variações: SD (também identificado como SDSC), SDHC, SDXC e SDUC. Confira os principais detalhes de cada uma:
- SD/SDSC: o modelo mais antigo de cartão SD; se limita apenas a sistemas FAT12 e FAT16 e, no geral, oferece no máximo 2 GB de armazenamento. Por ser muito arcaico, não se encontra mais em circulação no mercado;
- SDHC: o modelo que padronizou o formato FAT32 e expandiu a capacidade para até 32 GB; por terem a mesma estrutura do modelo padrão, são compatíveis com leitores mais antigos;
- SDXC: o modelo mais utilizado atualmente; suporta armazenamentos de até 2 TB e formato exFAT, além de ser retrocompatível (mas pode ser necessário formatá-lo para o sistema FAT32 para que possa ser reconhecido por certos dispositivos);
- SDUC: o modelo mais recente de cartões SD, previstos para chegarem ao mercado em 2025; podem oferecer um armazenamento de até 128 TB tanto no tamanho padrão quanto em MicroSD.
Tamanho
Os cartões SD podem ser resumidos em dois tamanhos: padrão e micro. Ambos são utilizados hoje em dia e o que define sua compatibilidade costuma ser o tamanho do dispositivo em que será conectado. Aparelhos maiores, como computadores e notebooks, exigem um cartão padrão, enquanto smartphones e câmeras utilizam sua versão micro.
De qualquer forma, quase todo MicroSD acompanha um adaptador que permite utilizá-lo em dispositivos maiores, então investir nesses modelos costuma ser mais vantajoso, já que eles são compatíveis com qualquer tipo de aparelho eletrônico.
Vale ressaltar que não há limitações de armazenamento em relação ao tamanho, então MicroSDs podem oferecer a mesma quantidade de memória que sua variante maior.
Velocidade
O terceiro ponto de relevância dos cartões SD é sua velocidade, que hoje costuma ser resumida em dois fatores: leitura e transmissão de dados. Existem diversas outras métricas envolvidas que podem deixar essa comparação um tanto confusa, então considere apenas esses dois.
Na própria embalagem do produto já é possível conferir todas essas informações em detalhes – mas antes, é preciso saber o que significa cada símbolo para compreender aqueles dados.
A letra C representa a velocidade de transmissão do cartão, ou seja, quantos dados ele consegue enviar ao copiar um arquivo para o dispositivo ou vice-versa (podendo variar de 2 MB/s a 10 MB/s).
Já a letra U significa ‘Ultra High Speed’, indicando a velocidade mínima de transmissão que o cartão consegue operar. Aqui existem diferentes níveis e nomenclaturas: U1 (10 MB/s), U3 (30 MB/s), UHS-I (104 MB/s), UHS-II (312 MB/s) e UHS-III (624 MB/s).
A letra V costuma vir acompanhada de um número que pode ser 6, 10, 30, 60 ou 90, servindo como referência para a velocidade mínima suportada pelo cartão referente a arquivos de vídeo: 6 MB/s, 10 MB/s, 30 MB/s etc.
Por fim, temos a letra E, que também apresenta um número: 150, 300, 450 ou 600. Eles representam a velocidade geral garantida pelo fabricante.
Qual escolher?
Essa pergunta é totalmente relativa às suas necessidades pessoais. Naturalmente, cartões que oferecem altas velocidades e capacidade de armazenamento são mais caros, então o preço pode ser um impedimento para algumas pessoas.
Ao utilizar um MicroSD em um smartphone ou um console portátil, por exemplo, é importante priorizar modelos com alta velocidade de leitura – um detalhe crucial para melhorar a performance de apps e jogos. Já um cartão utilizado com o propósito de transferir arquivos precisa de um foco maior em velocidade de transmissão.
Leve em consideração cada uma dessas informações para encontrar um modelo que se encaixe dentro das suas expectativas.
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