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Anatel liga robô “Exterminador de Pirataria” que caça TV Box e celulares ilegais

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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Divulgação/Orion Pictures
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A Anatel colocou em operação nacional o Regulatron, robô com inteligência artificial que identifica produtos de telecomunicações irregulares em plataformas de e-commerce. A ferramenta foi criada em 2023 e passou por testes em 2024, mas só agora opera de forma contínua em todo o país. Não é o Exterminador do Futuro, mas pode se tornar o "Exterminador de Pirataria".

A informação consta no White Paper Combate à Pirataria, documento técnico lançado pela Anatel que sistematiza as ações da agência contra produtos não homologados. Segundo o estudo, mais de 8 milhões de produtos irregulares foram retirados do mercado, com valor estimado superior a R$ 830 milhões.

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O Regulatron analisa centenas de milhares de anúncios em marketplaces e compara as informações com o banco de dados de homologação da Anatel. A ferramenta identifica TV Box piratas, celulares sem certificação e outros equipamentos de telecomunicações que não passaram pelos testes obrigatórios.

Robô contra TV Box pirata passou por fase de testes

A Anatel criou o Regulatron em 2023, mas a ferramenta operou de forma experimental durante 2024 no Laboratório de Inovação da Superintendência de Fiscalização. Em junho do ano passado, o robô realizou sua primeira análise automatizada de marketplaces.

Apenas em 2025, com a publicação do White Paper, a agência institucionalizou o uso contínuo e nacional do sistema como parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP).

Produtos irregulares representam riscos

De acordo com a Anatel, a pirataria interfere no desenvolvimento do setor, fomenta práticas ilícitas transnacionais e fragiliza a segurança digital.

Os produtos não homologados podem causar riscos físicos, como choques elétricos e incêndios, além de vulnerabilidades digitais, como roubo de dados e invasões cibernéticas.

O documento destaca que cerca de 71% dos produtos retirados do mercado resultaram de ações da Secretaria da Receita Federal nos portos, com apoio da Anatel. Esses equipamentos foram retidos antes mesmo de chegarem aos consumidores.

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Cooperação entre órgãos

A publicação menciona iniciativas com a Receita Federal e a Polícia Federal, além do ingresso da Anatel no Siscomex, sistema de comércio exterior. A agência também firmou acordos de cooperação e passou a responsabilizar marketplaces pela venda de produtos irregulares.

"Combater a pirataria não é apenas proteger o setor de telecomunicações: é defender a soberania digital do País, garantir que o ambiente econômico seja competitivo e assegurar que a inovação aconteça dentro da lei", afirmou Alexandre Freire, conselheiro da Anatel.
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Principais ações da Anatel contra pirataria

  • Produtos retirados do mercado: mais de 8 milhões de unidades
  • Valor estimado: R$ 830 milhões
  • Ferramenta de fiscalização: Regulatron (robô com IA)
  • Período de testes: 2023-2024
  • Operação nacional: 2025
  • Parceiros: Receita Federal, Polícia Federal e Siscomex
  • Produtos fiscalizados: TV Box, celulares, roteadores e outros equipamentos de telecomunicações

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Fonte: Anatel