OPOCO X7 Prochegou ao mercado brasileiro em janeiro de 2025 com especificações que chamam atenção no segmento intermediário premium. Após alguns meses no mercado, testamos o aparelho para avaliar se ele ainda é uma boa opção de compra ou se é melhor considerar alternativas.
O POCO X7 Pro se destaca visualmente pelo acabamento diferenciado. A traseira conta com material sintético que imita couro, disponível nas cores preto e amarelo.
É um excelente diferencial em relação aos smartphones convencionais com traseira de plástico comum ou vidro, pois transmite maior sensação de resistência e durabilidade.
Porém, as laterais são construídas em plástico. Para um celular nesta categoria de preço, seria interessante ter acabamento em metal, mesmo que mais simples, para elevar a percepção de qualidade premium.
A tela AMOLED entrega ótima qualidade de imagem e o brilho máximo de 1.400 nits é suficiente para exibir informações com clareza mesmo sob sol forte. Existem celulares no mercado que já oferecem níveis bem superiores, mas este patamar atende perfeitamente ao uso cotidiano.
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A proteção Corning Gorilla Glass 7i e a resistência IP69 estão dentro do esperado para a categoria e garantem bastante durabilidade contra quedas, riscos e exposição à água e poeira.
Configuração e desempenho
O aparelho é equipado com o chipset MediaTek Dimensity 8400 Ultra. Recebemos para teste a versão com 12 GB de RAM, que oferece desempenho excelente mesmo em tarefas mais exigentes.
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Para jogos, ele roda com fluidez até os títulos mais pesados disponíveis na Play Store, e em multitarefas consegue lidar bem com vários aplicativos abertos simultaneamente.
No teste de benchmark AnTuTu, ele atingiu a marca de 1,9 milhão de pontos, um resultado bom, que chega próximo de smartphones topo de linha como o Galaxy S25.
O único ponto negativo fica por conta do sistema cheio de bloatware, com diversos aplicativos desnecessários pré-instalados, que ocupam espaço de armazenamento e podem afetar a fluidez do sistema.
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O desempenho do POCO X7 Pro é ótimo, e deixa o celular intermediário bem perto do patamar alcançado por topos de linha em termos de performance.
— Bruno Bertonzin
Câmeras
As câmeras são o ponto mais fraco do POCO X7 Pro. Ele conta com configuração traseira dupla, composta por sensor principal de 50 MP e ultrawide de 8 MP.
O nível de definição com a câmera principal é aceitável para a categoria. O HDR funciona de forma adequada e consegue equilibrar bem as áreas claras e escuras da imagem.
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Por exemplo, ao fotografar uma pessoa contra a luz, o sistema consegue manter detalhes tanto no rosto quanto no fundo, e evita que uma área fique muito escura ou estourada.
As cores tendem a ser um pouco mais intensas que o natural, mas isso é questão de gosto pessoal. Há usuários que preferem essa saturação maior para dar mais vivacidade às fotos.
Já a ultrawide deixa muito a desejar. Além da definição menor em comparação com a principal, o alcance dinâmico é ruim. Áreas sombreadas ficam borradas ou completamente apagadas.
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Em fotos de natureza onde há sombras de árvores, por exemplo, essas regiões aparecem apenas como borrões pretos, e perdem todos os detalhes da vegetação.
Para gravação de vídeo, a câmera traseira filma em 4K a 60 fps, o que é um bom diferencial. Porém, a frontal fica limitada a 30 fps, tanto em 720p quanto em Full HD, sem opção para 4K. A estabilização é adequada e a definição também atende bem.
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POCO X7 Pro - Câmera frontal/modo retrato
Bruno Bertonzin/Canaltech
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As câmeras do POCO X7 Pro deixam muito a desejar. Além de ter apenas dois sensores, a ultrawide entrega baixa definição e não consegue lidar bem com o HDR.
— Bruno Bertonzin
Bateria
A bateria do POCO X7 Pro entrega desempenho apenas mediano, o que surpreende considerando que a Xiaomi costuma se destacar pela boa autonomia em seus aparelhos.
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No nosso teste padrão, ele consumiu 18% da carga, enquanto alguns celulares ficam com 15% de consumo e os modelos que realmente se destacam chegam a apenas 13%, como o próprio POCO X6 Pro.
Essa performance resulta numa estimativa de duração de aproximadamente 16 horas de uso. Vale ressaltar que nosso teste simula uso intensivo com aplicativos de benchmark, jogos, navegação na internet, streaming de vídeo e outras atividades que demandam bastante da bateria.
Concorrentes diretos
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No Brasil, as principais alternativas ao POCO X7 Pro são oMotorola Edge 60 Pro e o Galaxy S24 FE. Os três oferecem um desempenho bem satisfatório no segmento intermediário premium (ou topo de linha básico).
Cada um tem suas apostas em chipset: o POCO X7 Pro com o Dimensity 8400 Ultra, o Edge 60 Pro com o Dimensity 8350 e o S24 FE com o Exynos 2400e. Na prática, são modelos que oferecem um bom desempenho no dia-a-dia.
Sim, vale a pena comprar o POCO X7 Pro, mas há algumas ressalvas. O modelo vendido no Brasil, apesar de ser o mais completo, tem o preço de R$ 5.200, que é muito elevado para a categoria, e é quase o dobro do que é oferecido pelos concorrentes.
Ele tem boas características, como o ótimo desempenho e a bateria aceitável. Apenas a câmera deixa um pouco a desejar, então em uma faixa de R$ 2.300 ele faria mais sentido.
É importante destacar que esse é o preço praticado oficialmente pela Xiaomi no Brasil, e inclui garantia e suporte legais no país.