Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Grupo de mídia impede na Justiça venda de pacotes de TV pirata por e-commerce

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Setembro de 2022 às 20h20

Link copiado!

Getty
Getty

Uma decisão judicial obtida por um grupo de mídia da Tunísia pode servir como ponto de argumento para outras decisões parecidas ao redor do mundo. No país, a rede de canais esportivos beIN obteve parecer favorável contra a MyTek, uma das principais varejistas de eletrônicos do país, proibindo a venda de pacotes piratas de IPTV ao lado de set-top boxes e assinaturas legítimas.

A diferença nos preços explica o processo movido pela beIN. Na varejista, kits que trazem uma set-top box já configurada com pacotes de canais liberados custando 89 dinares tunisianos, cerca de US$ 28 ou R$ 144 em uma conversão direta. Enquanto isso, um pacote apenas com os canais esportivos do grupo de mídia sai por 359 dinares, aproximadamente US$ 112 ou R$ 576, por seis meses de assinatura.

É uma porta aberta e tanto para a compra e venda de IPTVs irregulares. De acordo com números apontados no processo, estamos falando de um mercado onde 80% dos consumidores de televisão à cabo consomem conteúdo de forma pirata, um meio tão popular que pacotes desse tipo são dados como brinde na compra de smartphones e outros produtos eletrônicos.

Continua após a publicidade

A vitória judicial da beIN é preliminar, com o grupo de mídia recebendo uma liminar emergencial para que a MyTek remova as assinaturas irregulares do ar — no momento em que essa reportagem é escrita, elas ainda permanecem à venda no e-commerce. A decisão favorável, entretanto, é temporária e também cabe recurso por parte do varejista.

Bloqueio administrativo de tv pirata também pode ser aplicado no Brasil

Desde julho, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) trabalha ao lado da Ancine (Agência Nacional do Cinema), Polícia Federal e outros órgãos do judiciário brasileiro em busca de soluções para um combate mais eficaz à pirataria. Entre as medidas que estão sendo estudadas e podem entrar em vigor já em 2023 está a possibilidade de suspensão de IPs e DNSs usados pelos distribuidores de conteúdo a IPTVs piratas diretamente pela operadora de telefonia.

Continua após a publicidade

Hoje, tais ações dependem de ordem judicial específica, como as que são emitidas no escopo da Operação 404 e outros trabalhos combinados de combate à pirataria. Com os bloqueios administrativos, aponta a Anatel, que tem o apoio de associações de TV por assinatura e detentores de direitos autorais, essa solicitação poderia ser feita pelas próprias agências ligadas ao segmento de telecom e audiovisual, acelerando o processo de derrubada dos conteúdos.

A ideia é que esse formato de combate à pirataria seja aplicado já no primeiro semestre do ano que vem. Ao mesmo tempo, outras medidas de intensificação no combate à pirataria também estão sendo estudadas, como o aumento nas punições a e-commerces que permitam a venda de produtos falsificados.

Fonte: TorrentFreak, Teletime