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Uber experimenta publicidade com Eats e sistema de entregas semelhante ao Pool

Por| 10 de Dezembro de 2018 às 22h55

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A Uber será a próxima plataforma a entrar no mercado de publicidade em plataformas. Calma, isso não quer dizer que a empresa vai deixar o ramos de transportes, mas levar para dentro de sua proposta pontos do mercado de publicidade. Assim como a Google e Facebook começaram a oferecer mais visibilidade a empresas que investem em seus serviços, a Uber vai passar a fazer o mesmo, ao menos com os restaurantes no Eats. Na última semana, a empresa começou a testar o sistema na Índia. Ela ofereceu destaque em sua plataforma para companhias que dessem melhores ofertas para seus clientes, em uma nova aba chamada “especiais”.

Contudo, a proposta é ir além disso. Segundo entrevista do TechCrunch, o diretor do Eats, Stephen Chau, a Uber vai disponibilizar uma plataforma de investimento em publicidade para seus parceiros em breve. “Elas [as empresas] vão gastar seus dólares de publicidade em algum lugar. O que a gente está permitindo agora é que as lojas possam criar, elas mesmas, promoções e as apresentarem em seus produtos”, explica o gerente.

Para ter um mecanismo assertivo de como levar a publicidade segmentada para seu público, a Uber precisa criar também uma plataforma de levantamento de dados precisos. Junto disso, ela também está criando uma forma de otimizar as entregas chamada de Uber Eats Pool. Da mesma forma em que havia a antiga versão de compartilhamento do Uber (agora rebatizada de Uber Juntos), o sistema do Eats Pool vai funcionar por sistema compartilhado de entrega. A companhia está testando uma base de dados em que consegue calcular pedidos que estão sendo feitos em lojas próximas com entregas também próximas, fazendo com que uma pessoa seja capaz de fazer mais de uma entrega por vez, em uma só viagem.

Por exemplo, caso um grupo grande que não se conhece, mas que está em um mesmo prédio, faça um pedido, o sistema consegue fazer com que apenas um entregador leva toda a remessa, caso as lojas também sejam próximas umas das outras. Claro que isso também pode passar a ser convertido para o usuário: ao escolher esta opção, pode ganhar descontos na entrega, sob a desculpa de que seu pedido pode demorar um pouco mais para chegar, com a vantagem de pagar menos.

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“Geralmente as pessoas têm a intenção de comer, mas há muitas, muitas opções disponíveis para elas. Estamos oferecendo um desconto na entrega de alimentos usando o machine learning para entender quais restaurantes podem ser mais interessantes. Quando várias pessoas fazem pedidos no mesmo restaurante, os motoristas podem pegar a comida de várias pessoas”, explica Chau.

Este mecanismo de machine learning não somente pode ajudar a empresa a oferecer tal serviço, mas também segmentar a sua base de dados para oferecer publicidade melhor direcionada para suas empresas parcerias. Apesar de as funcionalidades estarem já em testes em alguns países, como o já citado caso da Índia, Chau acredita que deve demorar ainda para que uma funcionalidade do tipo seja lançada para todos os outros países em que a empresa trabalha, o que incluiria o Brasil.

Além disso, a Uber também já informou recentemente que quer passar a expandir os produtos de entrega, fugindo apenas de oferta de restaurantes. No Canadá, por exemplo, ela já experimenta entrega de mercadorias de mercearia.

Fonte: TechCrunch